
Na origem deste encontro está o facto de Charles Darwin, quando passou pelos Açores em 1836, ter considerado que o arquipélago era pouco interessante para o seu estudo sobre a evolução das espécies.
Para os investigadores açorianos, esse é um ‘erro’ que pretendem ver corrigido durante os trabalhos deste seminário, que conta com a presença de vários especialistas de renome mundial nesta área.
“Queremos mostrar a investigação que se faz nos Açores e, já que Darwin não encontrou aqui o que andava à procura, nós vamos dar a ver (aos cientistas convidados) a evolução a acontecer aqui, no arquipélago”, afirmou Frias Martins, promotor da iniciativa, em declarações à Agência Lusa quando foi apresentado este encontro.
Charles Darwin esteve na Terceira, entre 20 e 24 de Setembro de 1836, na viagem de regresso a Inglaterra, e, no seu relatório, escreveu não ter visto nada de relevante.
“No fundo, ele não cometeu erro nenhum porque estava à procura de uma grande cratera e não a viu, mas, para quem lê isto, parece que nos Açores não há nada digno de ser registado”, salientou Frias Martins.
Para o investigador do Departamento de Biologia da Universidade dos Açores, esta questão ainda incomoda mais porque existe nos Açores “o mesmo tipo de evolução” que Charles Darwin registou nas Galápagos.
É esse ‘erro’ que se espera possa ser corrigido durante os trabalhos do encontro científico que começa sábado em Ponta Delgada, segundo os respectivos promotores.
Lusa