Clélio Meneses critica falta de rigor na gestão da saúde açoriana

O PSD/Açores acusou hoje o governo regional de “falta de rigor na gestão da saúde açoriana, um sector que apresenta graves problemas financeiros porque a tutela não consegue pagar o que deve, e onde a falta de dinheiro é gritante, afetando diretamente a vida dos açorianos, com atrasos que chegam a ultrapassar os seis meses. O governo esbanja dinheiro em atos de gestão lesivos do interesse público”, disse o vice-presidente do grupo parlamentar do partido, Clélio Meneses.

Segundo o social-democrata, “o governo revela uma enorme dificuldade em gerir o sector da saúde, e um dos exemplos mais claros foi a implementação do Sistema de Informatização da Saúde-Açores Região Digital – o SIS-ARD -, que está adjudicado desde 2006, quando se apresentou como sendo a grande solução para a saúde dos açorianos e, passado todo este tempo, apenas se sabe que foram gastos milhões sem que, com isso, tenham aparecido os resultados”, afirma.

Para Clélio Meneses, aquele processo de informatização, “adjudicado à empresa espanhola INDRA, em Agosto de 2006”, mostra bem “o que o governo esbanja e os maus resultados das suas decisões, a que se juntam imensas contradições. Em 2006, o então secretário regional dos Assuntos Sociais afirmava que o sistema ir custar 10 milhões de euros e, em Dezembro de 2008, a empossada presidente da SAUDAÇOR falou num investimento de 12 milhões de euros. Uma mera diferença de 2 milhões de euros que revela a falta de rigor com que o executivo gere os dinheiros públicos”, critica o deputado.

Assim, o grupo parlamentar, “já depois do governo regional ter assumido que houve um incumprimento por parte da empresa contratada”, quer saber “qual é o verdadeiro ponto da situação de implementação do SIS-ARD, e que balanço faz o governo relativamente à concretização dos objetivos anunciados em 2006 com a sua adjudicação”. Num requerimento enviado à Assembleia Legislativa, o PSD quer que os responsáveis “expliquem o que se fez para cumprir ou para rescindir o contrato com a empresa INDRA, nomeadamente se foi concretizada a ameaça de cobrar multas após 30 de Julho de 2010, a data limite anunciada para uma nova solução, assim como quais os custos que todo o processo já encerra”, avança o parlamentar.

“Estamos perante um gravíssimo problema para o qual, em 6 anos, não foi dada qualquer resposta nem realizado aquilo que deveria ter sido, prejudicando, deste modo, o serviço regional de saúde e, em especial, os açorianos. O governo não foi capaz de se explicar nem de apresentar outras soluções ou alternativas para um problema que se arrasta no tempo”, concluiu o vice-presidente da bancada parlamentar do PSD/Açores.

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