Clube Naval da Horta e autarquia do Faial querem recuperar património baleeiro

bote-baleeiroAs provas náuticas com botes baleeiros, antigamente utilizados na caça à baleia, são um “cartaz turístico por excelência”, defendeu esta sexta-feira Hugo Pacheco, presidente do Clube Naval da Horta, instituição envolvida na recuperação deste património baleeiro.

Hugo Pacheco salientou a importância do campeonato regional de botes baleeiros, que inclui provas de vela e a remos, considerando que assume um “papel fundamental” na preservação deste património.

 

O Clube Naval, a Câmara da Horta e cinco Juntas de Freguesia da ilha do Faial assinaram recentemente protocolos que visam garantir a preservação do património baleeiro, mas também assegurar a presença das autarquias nas regatas de botes baleeiros, que, além de cartaz turístico, são uma forma de divulgar este património.

 

“Além da realização das regatas, vamos também garantir o apoio logístico para a recuperação da totalidade do património baleeiro da ilha do Faial”, afirmou Hugo Pacheco à Lusa, acrescentando que a parceria com a autarquia poderá também incluir a publicação de livros, com o objectivo de “dignificar” a história da caça à baleia no concelho.

 

A Câmara da Horta, por seu lado, comprometeu-se a apoiar o funcionamento da Secção de Botes Baleeiros do Faial e a promover a criação de um roteiro turístico sobre a época da baleação na ilha.

 

A autarquia pretende ainda incentivar, a exemplo do que tem sido feito durante a Semana do Mar – os maiores festejos lúdicos da ilha – a realização de passeios em botes baleeiros.

 

Os protocolos envolvem ainda as cinco juntas de freguesia do Faial que dispõem de botes baleeiros, que são Castelo Branco, Feteira, Capelo, Angústias e Salão.

 

Neste caso, o Clube Naval da Horta compromete-se a assegurar condições físicas, técnicas e administrativas para o bom funcionamento das regatas, disponibilizando ainda apoio logístico à manutenção do bote de cada uma das freguesias.

 

Em contrapartida, cada uma das autarquias terá que financiar esta actividade com mil euros anuais, além de comparticipar na compra de gasóleo para o transporte dos botes durante as provas.

 

Na prática, estes protocolos pretendem evitar que o património baleeiro do Faial acabe por se degradar, como aconteceu depois a proibição da caça à baleia, em 1986.

 

Nos últimos anos, os clubes navais e algumas juntas de freguesia, com o apoio da Direcção Regional da Cultura, dedicaram maior atenção aos botes baleeiros, recuperando o património que estava abandonado.

 

A intenção não é reactivar a caça à baleia, mas alimentar um campeonato regional de vela e remos, com base na história da baleação.

 

 

Lusa

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