O IAC-Instituto Açoriano de Cultura, em parceria com a Câmara Municipal da Praia da Vitória e com o apoio da Santa Casa da Misericórdia da Praia da Vitória, organiza no próximo sábado, dia 31 de Outubro, o colóquio Evolucionismo, Darwin e os Açores, iniciativa organizada no âmbito do projecto cultural daquela Câmara Municipal designado Outono Vivo, e que terá lugar no Salão Nobre dos Paços do Concelho da Praia da Vitória.
À semelhança do que tem sido feito nos últimos anos, por ocasião do projecto Outono Vivo, levado a efeito pela Câmara Municipal da Praia da Vitória, O IAC tem realizado, em estreita parceria com a Câmara Municipal e com a Santa Casa da Misericórdia daquele concelho, um colóquio anual, que na sua edição deste ano pretende enaltecer Darwin e a sua ligação aos Açores, indo de encontro às comemorações que este ano assinalam o bicentenário do seu nascimento.
Com a participação de professores universitários e investigadores, o colóquio reúne quatro especialistas que, em duas sessões, apresentarão as seguintes comunicações: de manhã, das 09h30 às 12h30: Prof. Doutor Luís Arruda «Evolucionismo, antecedentes e consequências»; Dr. Pedro Ricardo Gouveia Fonseca «Arruda Furtado pioneiro da introdução de Charles Darwin na ciência e na cultura em Portugal»; à tarde, das 14h00 às 16h00: Prof. Doutor José Madeira «Observações geológicas de Darwin em territórios insulares portugueses: a primeira e a última escala da viagem do Beagle»; Doutor José Guilherme Reis Leite «Os olhos e os ouvidos de Darwin. Uma visita à Terceira».
Charles Robert Darwin, cujo bicentenário do seu nascimento se celebra este ano, como se refere, foi um famoso naturalista britânico, autor da Teoria da Evolução, apresentada pela primeira vez no seu livro sobre “A origem das espécies por meio de selecção natural”, publicado em 1859. Nesse livro, Darwin apresenta evidências abundantes da evolução das espécies, mostrando que a diversidade biológica é o resultado de um processo de descendência com modificação, onde os organismos vivos se adaptam gradualmente através da selecção natural e as espécies se ramificam sucessivamente a partir de formas ancestrais, como os galhos de uma grande árvore: a árvore da vida.
No termo de uma viagem de cinco anos a bordo do navio Beagle, Darwin passou pelos Açores, no regresso a Inglaterra. O Beagle ancorou na ilha Terceira no ano de 1836, perto da cidade de Angra, apesar de ter achado a ilha interessante, esta não contribuiu com factos para a sua teoria evolucionista. Nessa altura Angra era a capital do império, uma vez que Portugal estava em plena guerra civil e D. Pedro, refugiado na Terceira, proclamara a ilha capital.
