“Há muito e bom peixe e de alta qualidade aqui. É preciso tirar vantagem disso”, afirmou aos jornalista Maria Damanaki, após uma visita à fábrica conserveira da Cofaco, em Rabo de Peixe.
A comissária europeia, que está esta segunda-feira nos Açores, considerou o trabalho desenvolvido pela Cofaco um exemplo europeu do que deve ser feito, por usar mão de obra e produtos locais, que são depois exportados.
Para Maria Damanaki, nesta altura de crise, o mais importante é manter os atuais postos de trabalho nas empresas e se possível criar novos empregos, sem perder de vista o lema: “Produzir local para depois exportar”.
A responsável europeia pelos Assuntos Marítimos e Pescas defendeu a necessidade de dar “maior dignidade” a quem trabalha nestas áreas de atividade económica, apostando na educação e em tornar “mais atrativas e seguras” as profissões associadas.
A fábrica da Cofaco, em Rabo de Peixe, está a ser alvo de obras de beneficiação no valor de 12,5 milhões de euros, dos quais oito milhões são comparticipados por fundos comunitários.
Após ter visitado as instalações da fábrica, onde trabalham mais de 200 pessoas, sobretudo mulheres, Maria Damanaki disse saber que a vila de Rabo de Peixe tem problemas de pobreza e há muitas famílias numerosas, pelo que projetos como este da fábrica são “muito importantes”.
A Cofaco nasceu em 1961 no Algarve, com sede em Vila Real de Santo António. Fruto da escassez de atum nos mares algarvios, a Cofaco deslocou-se para o arquipélago dos Açores, local privilegiado de passagem do atum nas suas rotas migratórias.
A empresa tem atualmente dois pólos industriais, nas ilhas do Pico (Madalena do Pico) e S. Miguel (Rabo de Peixe).
Lusa
