Consumo de drogas estabilizou na Europa e tabaco aumentou em Portugal

O consumo de drogas ilícitas estabilizou entre os jovens europeus de 16 anos, mas em países como Portugal aumentou o consumo de tabaco desde 2007, indica um estudo europeu hoje divulgado.

 

Os dados constam do ESPAD (Inquérito escolar sobre álcool e outras drogas) de 2011, a que responderam cerca de dois mil alunos portugueses de noventa turmas do Continente, de um total de 100 mil de 36 países europeus.

No geral, as respostas dos alunos portugueses colocam Portugal perto da média europeia, só a excedendo nas respostas sobre o consumo de tabaco nos 30 dias anteriores (29 por cento de jovens portugueses contra uma média europeia de 28 %), consumo de cannabis (8 % dos jovens portugueses afirmaram já ter consumido contra uma média europeia de 6%) e no consumo de tranquilizantes (7 por cento dos portugueses usaram-nos sem receita contra 6% de média europeia).

Em algumas das estatísticas, os resultados registados entre os jovens portugueses estão bem abaixo da média europeia, como nos números sobre consumo excessivo de álcool no mês anterior: 22 % disseram ter bebido cinco ou mais bebidas numa única ocasião nos 30 dias anteriores quando a média europeia é de 39 por cento.

O consumo de tabaco pode ter aumentado entre os jovens portugueses de 16 anos mas desde 2007 – data do último ESPAD- o número de jovens que afirmam nunca ter fumado, bebido ou tomado drogas aumentou de 10 para mais de 20 %.

A nível europeu, os resultados indicam que o consumo de drogas ilícitas estabilizou desde o último ESPAD – em 2007 – numa média de 18 % de jovens a afirmarem já ter consumido.

O cannabis é a droga mais consumida, com 17 % a afirmar que já fumou, 13 % no ano anterior e 7 % no mês anterior.

Os países com valores mais baixos de consumo de álcool, tabaco ou drogas foram a Islândia, Albânia, Bósnia Herzegovina, Moldávia e Montenegro.

Polónia e Portugal estão dentro ou perto da média europeia, enquanto República Checa, Estónia, França, Letónia, Mónaco e Esolvénia apresentam os maiores números de consumo.

No que toca ao álcool, a nível europeu verifica-se que 79 % dos jovens afirmaram ter bebido no ano anterior e 57 % nos 30 dias anteriores.

A coordenadora do estudo em Portugal, Fernanda Feijão, assinalou que este ano houve alterações aos valores da média europeia pela entrada no ESPAD de países dos Balcãs e do sudeste europeu, que em geral têm consumos baixos.

O abaixamento da média é também explicado pela saída do ESPAD de países como a Suiça, Reino Unido, Áustria e Holanda, com consumos altos.

Assim, Portugal acabou por se aproximar dos valores da média, mesmo nas variáveis em que não houve aumento dos consumos.

 

Lusa

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