Contente quer fazer de Ponta Delgada capital europeia do centro do Atlântico

O PS/Açores apresentou o seu candidato à Câmara de Ponta Delgada, nas eleições autárquicas de outubro, José Contente, que quer fazer da maior cidade açoriana, a capital europeia do centro do Atlântico. 

“Tenho uma nova ideia para as 24 freguesias que fazem este concelho e esta nossa cidade europeia atlântica. Com dinamismo, firmeza, abertura e sensibilidade social, faremos deste concelho e desta cidade uma referência europeia no centro do Atlântico, até atingirmos, porque não, o estatuto de grande capital europeia do centro do Atlântico”, disse José Contente, na cerimónia de apresentação da candidatura, no Teatro Micaelense de Ponta Delgada.

O secretário regional de diversas pastas dos Governos de Carlos César lembrou a sua experiência como governante regional, para dizer que é “alguém que não tem medo de agir, mas que nunca esquece que, nos processos de decisão”, principalmente nesta época de crise, “é fundamental ter sensibilidade social”, preferível ao “pobre e superficial populismo ou à fria e desumana tecnocracia”.

 

Num discurso de 45 minutos, José Contente fez várias promessas para a gestão do maior concelho dos Açores, marcou algumas posições em relação ao Governo da República e repetiu várias vezes que será um aliado do Executivo regional, liderado pelo atual presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro. Referindo Ponta Delgada como a “cidade berço da autonomia”, José Contente considerou que “o poder local nos Açores também contribuiu para o aprofundamento da autonomia e, por isso, nunca se deve vergar aos ditames mais injustos do centralismo”. “Seremos defensores intransigentes do poder local como pilar da nossa autonomia (…) e estaremos junto do Governo Regional, e de todos quantos estejam contra os que, na República, procurem desrespeitar a nossa bandeira e as nossas competências, como no caso da inaceitável e aberrante posição dos que defendem a diminuição do número de freguesias nos Açores”, afirmou, condenando ainda a lei das finanças locais, que “destrói a estabilidade e previsibilidade das finanças, colide com a autonomia municipal e com a carta europeia do poder local”. Quanto ao “novo projeto” para Ponta Delgada que propõe, tem “permanentemente” em atenção “as pessoas, o emprego, as empresas e a inovação”, dirigindo-se a “todas as freguesias”. Neste âmbito, prometeu uma autarquia “presente” e colaboradora com os produtores agrícolas, “uma nova resposta” na recolha e tratamento de resíduos, projetos de inserção de desempregados e pessoas em risco de exclusão ou a criação de um Festival de Artes e Culturas, para colocar a cidade “na rota dos maiores festivais de cultura, e fazer disso um cartaz turístico”.

José Contente prometeu ainda, entre outras coisas, a criação de “uma plataforma digital para que as juntas de freguesia possam ter estruturas públicas e de apoio ao cidadão”, rever os tarifários do IMI e das águas, repensar a rede e os preços dos transportes e criar ciclovias “onde for possível”. Outra das suas apostas, afirmou, é a reabilitação e dinamização do centro histórico de Ponta Delgada. A nível externo, disse que promoverá novas relações “no quadro nacional, europeu, da lusofonia e da diáspora, para captar novos investimentos” e “alargar” a “geografia política” do concelho.

 

A autarquia de Ponta Delgada é atualmente liderada por José Bolieiro, do PSD, cuja candidatura nas eleições de outubro, dada como certa pelos meios de comunicação locais, não foi ainda formalizada.

Carlos César e Vasco Cordeiro, presidente honorário e presidente do PSD/Açores, respetivamente, estiveram na apresentação da candidatura de José Contente.

 

Lusa

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