Credenciais do Hospital da Terceira não foram aceites por unidades privadas no continente devido a dívidas

O PSD de Angra do Heroísmo revelou hoje que existem casos de doentes oncológicos açorianos que tiveram de pagar tratamentos no continente porque as credenciais do Hospital da ilha Terceira não foram aceites.

A denúncia foi feita hoje, em conferência de imprensa, pelo líder do PSD/Terceira e vice-presidente regional, António Ventura, segundo o qual o Hospital das Descobertas, em Lisboa, “já não confia no Hospital de Angra como entidade pagadora”.

“Recebemos queixas que os doentes tiveram de pagar os tratamentos do seu bolso porque o Hospital não aceitou as credenciais do Hospital da Terceira”, explicou António Ventura.

No seu entender, esta é uma “situação grave e indigna que merece uma explicação rápida por parte do Governo Regional”, que acusa de “esconder a verdade”.

António Ventura adiantou ainda ter “recebido informações” de que o Hospital da Terceira está também “com dificuldades” em enviar os doentes oncológicos para tratamento nos Hospitais da CUF, alegadamente também por razões financeiras.

“O Governo Regional tem de parar de, teimosamente, fazer de contas que não existem problemas financeiros, também nos Serviços de Saúde da Ilha Terceira, que em muito estão a prejudicar os utentes”, lamentou.

O PSD lembrou que os problemas financeiros no Hospital da ilha Terceira já se arrastam há muito tempo, com queixas de fornecedores locais “que não recebem há cerca de 7 meses” e os reembolsos de alguns produtos que se fazem com “6 meses de atraso”.

Equipamentos obsoletos, falta de verbas para reparações e tratamentos e cirurgias adiadas por falta de medicamentos, são outras das situações denunciadas pelos social-democratas, que dizem mesmo ter dúvidas se as estruturas de Saúde da ilha têm stocks de medicamentos, para fazer face a uma eventual situação de catástrofe natural.

Os social-democratas lembram que o Hospital de Angra do Heroísmo registou, no final de 2011, um passivo superior a 115 milhões de euros, fechando o ano com um balanço negativo na ordem dos 28 milhões de euros.

A Agência Lusa tentou obter uma reação sobre esta matéria junto da tutela regional, mas os serviços de saúde açorianos remeteram um comentário sobre o caso para quarta-feira.

 

Lusa

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