Deputados açorianos querem que conservas fiquem fora de acordo europeu com a Tailândia

O parlamento dos Açores aprovou hoje por unanimidade um documento em que pede que as conservas de peixe sejam excluídas do acordo europeu de comércio livre com a Tailândia, dado o peso do setor no país e na região.

“As conservas de peixe devem ser excluídas do futuro acordo de comércio livre entre a União Europeia e a Tailândia, sob pena de ser colocada em causa a viabilidade futura da indústria de conservas de peixe genericamente no território europeu e, especificamente, nos Açores”, lê-se na resolução proposta pelo PSD e votada favoravelmente por todos os deputados do parlamento regional.

No texto que acompanha a resolução, que vai ser agora enviada ao Governo da República, ao Parlamento Europeu e à Comissão Europeia, os deputados dos Açores referem que, “segundo os representantes dos industriais, as empresas do setor que operam em Portugal e Espanha representam, no seu conjunto, 75% da produção comunitária de conservas de atum”.

Por outro lado, dizem, “a indústria conserveira tem igualmente um forte peso na economia dos Açores”, empregando “centenas de trabalhadores” e exportando a maior parte da produção.

“Apesar das atuais taxas aduaneiras, a Tailândia é já a maior exportadora de conservas de atum para a União Europeia, constituindo a eventual abolição dessas taxas aduaneiras um sério risco para a indústria europeia desta área”, sublinham os deputados. Os partidos acrescentam que “as empresas europeias do setor serão incapazes de concorrer com a Tailândia, visto que naquele país os custos de produção são muito diferentes, a começar pelos salários e pelos custos ambientais e sociais”.

A Comissão Europeia está a negociar desde março a conclusão de um acordo de comércio livre com a Tailândia.

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