Deputados do PS criticam PSD por não ter apoiado “leis fundamentais” para a região

foto7Os deputados socialistas dos Açores na Assembleia da República fizeram hoje um “balanço positivo” do mandato, com fortes críticas ao PSD por não ter apoiado as “três leis fundamentais” para a região aprovadas pelo parlamento nacional.

 

“Há uma estratégia do PSD para a restrição dos poderes autonómicos e para que os Açores recebam menos verbas”, denunciou Ricardo Rodrigues, vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS, que voltará a encabeçar a lista socialista pelo círculo dos Açores nas legislativas de 27 de Setembro.
O deputado socialista açoriano referia-se à oposição social-democrata ao Estatuto Político-Administrativo dos Açores e às novas Lei das Finanças Regionais e Lei Eleitoral para a Assembleia Legislativa Regional.

 

“Nestas três leis fundamentais para os Açores viu-se o esforço do PS e o voto contra do PSD”, frisou, acrescentando que o anterior [Costa Neves] e a actual [Berta Cabral] líderes regionais do PSD “não conseguiram que o partido a nível nacional votasse a favor dos Açores”.

 

Numa conferência de imprensa em Ponta Delgada, Ricardo Rodrigues recordou ainda que a actual presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, “quando era ministra das Finanças cortou uma verba de 20 milhões” que seria enviada para os Açores na sequência do violento sismo ocorrido no Faial.

 

No balanço do mandato legislativo que agora terminou, os três deputados socialistas açorianos consideram que foi “extremamente positivo” para a região, já que permitiu “um reforço das estruturas autonómicas”.

 

“Ganhamos mais autonomia, os Açores ganharam mais poder”, afirmou Ricardo Rodrigues.

 

 

Nas legislativas de Setembro, Ricardo Rodrigues tem garantido o regresso à Assembleia da República, o mesmo sucedendo com Renato Leal, que não repete a candidatura pelo círculo dos Açores porque vai liderar a lista do PS pelo círculo de Fora da Europa.

 

 

O terceiro deputado socialista, Luís Fagundes Duarte, não revelou se vai ser novamente candidato, assim como ainda não se sabe quem vai substituir Renato Leal na lista dos Açores.

 

 

Para a próxima legislatura, que terá poderes constituintes, Ricardo Rodrigues assegurou que “não há intenção [do PS] em mexer no Estatuto Político-Administrativo e na Lei das Finanças Regionais porque são bons”, mas frisou que os socialistas “estarão preparados para defender os interesses da região” caso seja despoletado o processo de revisão constitucional.

 

 

Lusa

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