Desconhecimento sobre o impacto do fim das quotas leiteiras “é incompreensível”

O PSD/Açores criticou esta manhã “ a falta de um estudo do impacto socioeconómico da abolição das quotas leiteiras nos Açores”, considerando “incompreensível que a tutela não tenha ainda acautelado as consequências desse inerente fim das quotas, que vai ser prejudicial para as regiões ultraperiféricas como a nossa”, avançou o deputado António Ventura.
 
Num requerimento enviado à Assembleia Legislativa, os social-democratas consideram “determinante, para a reivindicação açoriana junto da Comissão Europeia (CE) e para a sustentação das nossas posições, que se avalie esse impacto, sendo inegável que o subsector do leite é um dos grandes motores do desenvolvimento socioeconómico dos Açores”, afirmou Ventura.
 
“Vivemos um período de decisões comunitárias no âmbito da reforma da Politica Agrícola Comum (PAC), entre as quais o fim desse sistema administrativo de contenção da produção de leite, área que adquiriu uma situação de predomínio no seio da agricultura regional, e isso particularmente quando se observa a falta de alternativas no arquipélago”, salienta o deputado laranja.
 
Recordando que “o sistema de quotas leiteiras actualmente instituído na União Europeia (UE) é o único que protege a diversidade das regiões e mesmo dos seus povos, a sua abolição pode pôr em perigo o próprio modelo social da EU”, lembra Ventura, frisando que “o requerimento que agora entregamos inclui o pedido das cópias de eventuais estudos em preparação”, bem como “queremos saber se o governo regional terá solicitado à CE informações sobre o impacto do fim das quotas em regiões ultraperiféricas”, explicou.
 
“Desde 2006 que o PSD vem alertando o governo sobre a necessidade deste conhecimento, tendo inclusivamente apresentado um projecto de resolução que recomendava um estudo sobre o impacto para a economia da região face à abolição do sistema de quotas em vigor. Pois, nessa altura, a maioria parlamentar do PS recusou a iniciativa e, até hoje, nada foi feito nesse sentido”, lamenta o deputado, reiterando “a urgência de se avaliar um impacto que pode abalar de forma contundente a nossa economia”, concluiu.

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