Desemprego “recorde” entre jovens é “pesada herança” da governação socialista

A líder do PSD/Açores afirmou hoje que o desemprego “recorde” registado na juventude açoriana é uma “pesada herança” da governação socialista, garantindo que a criação de emprego para os jovens é o “maior desafio” de um futuro governo social-democrata.

“Há hoje nos Açores 2593 jovens desempregados. Muitos deles engrossam as fileiras do desemprego qualificado, porque saem das universidades e não entram no mercado do trabalho. O desemprego recorde da juventude açoriana é uma pesada herança da governação socialista. A perspetiva de emprego para os jovens dos Açores é o maior desafio da futura governação social-democrata”, disse Berta Cabral, na sessão de encerramento do XVI congresso regional da JSD/Açores.

A líder social-democrata salientou que os jovens são as “maiores vítimas do desemprego”, lembrando que, no primeiro trimestre deste ano, “a taxa de desemprego global era de 7,7 por cento e a taxa de desemprego jovem era de 17,9 por cento”.

A presidente do PSD/Açores assegurou que um futuro governo do partido “elege como prioridade a melhoria das condições de vida da juventude açoriana”, alegando que a Região necessita de uma “política estrutural” para os jovens.

“Os Açores bem precisam de uma verdadeira política de juventude. Não falo da política festeira de juventude. Falo da política estrutural de juventude”, sublinhou.

Segundo a líder social-democrata, os jovens açorianos precisam de “estabilidade para desenvolver um projeto de vida que seja compatível com as suas aspirações pessoais, que seja adequado ao investimento que fizeram na sua formação académica, que seja próprio de desafios interessantes para a sua carreira profissional”.

Berta Cabral destacou que a JSD/Açores “foi e é determinante para a participação e para a afirmação da juventude açoriana”, considerando que é necessária uma JSD “reivindicativa e proponente, que seja a consciência crítica do partido e da sociedade”.

“Amanhã, no governo, não dispensaremos o contributo decisivo da JSD para a implementação de uma verdadeira política regional de juventude”, garantiu.

A presidente do PSD/Açores considerou que o PS e o governo regional vivem num “mundo cor de rosa”, tendo, por isso, defendido a necessidade de uma mudança de protagonistas e de políticas nas eleições legislativas regionais de 2012.

“O PS parece que vive noutro mundo, um mundo sem problemas, nem dificuldades, em que quem manda tem sempre razão e a culpa é sempre dos outros”, frisou.

Segundo a líder social-democrata, “os açorianos sabem que a realidade é bem diferente, que hoje se vivem tempos difíceis e que o governo é socialista há tempo de mais para o PS já não pode sacudir a água do capote”.

Berta Cabral defendeu que “é preciso mudar”, apontando como exemplos de políticas que não servem os interesses dos jovens áreas como o emprego, a educação, a habitação ou a luta contra a toxicodependência.

“Os jovens sabem que só têm a ganhar com a mudança. Quem é novo não quer um governo velho”, afirmou.

Para a presidente do PSD/Açores, a Região necessita de “uma mudança de protagonistas para uma mudança de mentalidades e uma mudança de comportamentos para uma mudança de ciclo”.

Relativamente ao facto de ter havido dois candidatos à liderança da JSD/Açores, Berta Cabral salientou que a disputa de eleições “é o mais natural em democracia”, sendo que a existência de diferentes candidaturas “decorre do normal funcionamento das organizações democráticas”.

A líder social-democrata lembrou que na JSD, à semelhança da sociedade em geral, “não pensam todos da mesma maneira”, sendo, por isso, “natural que pessoas diferentes protagonizem projetos diferentes e é salutar que a organização escolha maioritariamente o rumo com que se identifica melhor”.

“Foi apenas isso que agora aconteceu com a JSD. Fê-lo no quadro da sua organização estatutária e no respeito da sua autonomia partidária. A JSD escolheu. Está escolhido”, disse.

Berta Cabral felicitou ainda os candidatos Cláudio Almeida, reeleito líder da JSD/Açores, e Alexandre Gaudêncio pelo “contributo que deram para a valorização do debate interno.

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