Desemprego só se combate com desenvolvi​mento económico – Secret. Estado Emprego

O secretário de Estado do Emprego, Pedro Roque, defendeu hoje que só através do crescimento económico “é possível” gerar emprego, havendo uma relação de “causa-efeito” entre ambos, sendo que os últimos tempos “não têm sido favoráveis” nesse contexto.
Pedro Roque falava aos jornalistas, em Ponta Delgada, à margem do seminário promovido pela estrutura regional da UGT sobre as causas da crise económica e financeira que o país atravessa e a pertinência da adoção de medidas para a ultrapassar.
Estas declarações surgem no dia em que o Eurostat divulgou que a taxa de desemprego em Portugal alcançou um novo máximo, de 17,8%, em abril, com o desemprego jovem a subir também para um nível recorde de 42,5%.
“Há este problema do reajustamento nacional, e já era previsível que houvesse alguma recessão. Mas ela é agravada pela circunstância de toda a Europa estar a enfrentar problemas de crescimento, ou há estagnação económica ou em muitos países já existe também recessão económica, o que – devido às interligações económicas entre Portugal e os seus principais parceiros, que estão praticamente todos afetados, – não gera uma ajuda para inverter este ciclo”, declarou o secretário de Estado do Emprego.
Pedro Roque afirmou que o Governo da República tem linhas de ação para combater o desemprego que existe no país na sequência da recessão económica e financeira que se faz sentir, uma das quais a que o executivo possui através do Instituto de Emprego e Formação Profissional, que são as “medidas ativas” de emprego e da formação profissional.
“Isso permite, de facto, ocupar um conjunto de pessoas, proporcionar-lhes algum tipo de rendimento, que também é importante, mas, acima de tudo, melhorar a sua qualificação com vista à  empregabilidade. De facto, as medidas ativas de emprego têm vindo a ter uma procura crescente, existe dinheiro que está a ser muito bem empregue”, especifica.
Pedro Roque não tem “qualquer dúvida” que o atual Governo vai chegar ao fim da legislatura, consciente de que se “o problema” do país fosse a necessidade de um “governo novo” o próprio executivo do PSD-CDS-PP “estaria à disposição” para que “isso pudesse acontecer”.
“Esta solução não só não resolve o problema como iria agravar o problema. Ou seja, é certo e sabido, e temos o exemplo grego, que é bem paradigmático nesse aspeto, que a queda do Governo provavelmente conduziria a um novo resgate económico. Se este resgate económico está a ser bastante difícil de suportar pelos portugueses, em geral, um segundo resgate traria ainda condições bastante mais desagradáveis”, defende Pedro Roque.
O secretário de Estado aponta também “razões de regime” e “democráticas”, uma vez que o Governo “foi eleito”, possui “legitimidade democrática”, tem uma maioria parlamentar que “o suporta”, o que permite cumprir a legislatura até ao fim, como se passa nos países democráticos do mundo.

 

Lusa

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