O vice-presidente do CDS-PP/Açores Luís Silveira disse hoje que “acima do partido, está o país” e que “o partido tem de estar desperto para isso”, garantindo que os centristas estão empenhados em “criar estabilidade”.
Luís Silveira respondia a perguntas dos jornalistas em Ponta Delgada, que o questionaram sobre a crise no seio no Governo da República e lhe perguntaram se Paulo Portas, depois de se ter demitido do cargo de ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, se deve manter à frente do CDS-PP.
“Eu penso que o doutor Paulo Portas é uma pessoa coerente e suficientemente inteligente para tomar a decisão que achar que é a mais pertinente, que é aquela que é melhor para o partido e, sobretudo, para o país”, respondeu o também deputado na Assembleia Legislativa dos Açores.
“Não estamos numa situação de olhar primeiro ao partido e depois ao país. O país está acima do partido, o país precisa também do partido e, portanto, o partido tem de estar desperto para isso. Tenho a certeza de que está e é nessa base que se está a trabalhar”, acrescentou, depois de ter dito que não comenta “em concreto” a situação política nacional por estarem em curso “negociações” e “conversações” entre PSD e CDS e também com o Presidente da República.
Questionado sobre o que pensa sobre o possível cenário de eleições antecipadas, respondeu que “tudo está em cima da mesa”.
“Em termos de partido e enquanto vice-presidente do partido a nível regional não me vou pronunciar. Até porque estamos a trabalhar internamente em termos dos órgãos próprios do partido, de onde as decisões vão sair. Mas uma coisa posso garantir: aquilo em que estamos empenhados é, acima de tudo, em fazer aquilo que é melhor para criar estabilidade no nosso país”, sublinhou.
Luís Silveira apontou, a este propósito, que nos últimos dias, na sequência da demissão de Paulo Portas, “a credibilidade externa” do país “começou de novo a afundar-se”, as taxas de juro começaram a subir e “o país voltou a entrar em descrédito”.
Lusa