Dívida à EDA é “um dos grandes fracassos” de Sócrates

“Esta dívida tem que ser paga”, afirmou Mota Amaral, em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com o Conselho de Administração da EDA, referindo-se à dívida resultante da compensação pela convergência do tarifário eléctrico.

Para o candidato social-democrata, esta dívida é “um dos grandes fracassos do governo socialista que está agora a terminar o seu mandato”, alegando que o executivo de José Sócrates “não cumpriu a sua obrigação e manteve uma dívida de 35 milhões de euros” à empresa.

Mota Amaral frisou que o Estado “tem dinheiro para tudo o que quer, mas não arranja 35 milhões de euros para pagar a divida à EDA, que já se arrasta desde o tempo do governo de António Guterres”.

“O certo é que estes 35 milhões de euros vão pesando de ano para ano sobre as contas da empresa, o que é lamentável e censurável”, afirmou, destacando a excelência e a importância da eléctrica açoriana.

Questionado sobre o facto do presidente da EDA ter admitido recentemente que poderá recorrer aos tribunais caso o governo da República continue sem pagar os valor da compensação pela convergência do tarifário eléctrico com o resto do país, Mota Amaral manifestou-se de acordo com essa possibilidade.

“Acho que tem toda a razão, porque o Estado tem que cumprir as suas obrigações”, afirmou Mota Amaral, assegurando que, se for eleito para a Assembleia da República, vai continuar a desenvolver todos os esforços “para que o Estado cumpra a sua obrigação”.