
Aquilo que os ecoaldeões defendem é um “regresso parcial ao passado, mas em condições diferentes”, pois não prescindem da “utilização de tecnologias altamente desenvolvidas”, nem dos benefícios trazidos pelo desenvolvimento dos “conhecimentos médicos”.
Para o movimento Rede Global de Ecoaldeias (GEN, em inglês, de Global Ecovillage Network), as pessoas têm de estar “mais conscientes dos recursos que a região em que vivem lhes oferece e saber usá-los de forma mais eficiente”.
Para ilustrar esta ideia, Leila Dregger deu o exemplo da gestão que Tamera faz das águas pluviais, tendo em conta que a ecoaldeia se encontra numa “região do Alentejo com muita água, mas em que só chove no inverno”.
“Fazemos uma gestão muito eficiente da água natural, que fica retida numa espécie de lago e depois é usada durante todo o verão para os jardins”, explicou, sublinhando que se trata de um sistema muito simples de implementar, “apenas com barro e terra”.
Estas e outras ideias serão debatidas, entre 07 e 11 de julho, em Tamera, anfitriã da conferência anual da GEN, que trará à freguesia alentejana cerca de 250 pessoas de todo o mundo.
Segundo a responsável de comunicação da ecoaldeia, neste encontro serão partilhados “conhecimentos e experiências sobre como as comunidades podem construir redes para produzir de forma sustentável bens como alimentos e eletricidade”.
O desejo da organização é “dar início ao movimento GEN” em Portugal, que ainda está numa “fase embrionária de desenvolvimento”.