“Em trinta dias podemos ter concorrência”

sataAntónio Gomes de Menezes, presidente do conselho de administração da SATA,explica em “conversa Fiada”, na Açores/TSF, as opções estratégicas da companhia aérea açoriana e admite que a concorrência das transportadoras  “low cost” representa um desafio para a SATA.

A companhia aérea açoriana está a atravessar uma fase de transformações e de mudanças nomeadamente ao nível da imagem. Com que ideia é que arrancaram para este projecto?

A nova imagem surge no âmbito de um projecto mais lato, de renovação da frota e de reposicionamento estratégico da companhia. Por força da chegada do fim da vida económica útil de grande parte das aeronaves da SATA, em particular da SATA Air Açores, a companhia foi forçada a renovar a sua frota e entendeu oportuno encomendar seis aeronaves da família Bombardier.

Os dois Dash Q200 que chegam agora em Maio e os Dash Q400 que chegarão no primeiro trimestre de 2010. Na SATA Internacional há um problema semelhante, por conseguinte, já em Maio, a SATA Internacional receberá um novo A 320, vindo de Toulouse, da fábrica da Airbus, para reforçar a SATA Internacional e melhorar os índices de eficiência energética. Vamos ter sete aeronaves no espaço de sensivelmente sete meses.
A imagem actual é muito acarinhada na SATA é extremamente bonita, é muito elegante e é um clássico… mas já tem cerca de dez anos. Ora, dizem os entendidos na matéria, que uma marca vive por dez anos.  A renovação da frota representa em si uma oportunidade para a custo zero receber novas aeronaves que têm de ser pintadas pelos fabricantes. As aeronaves têm um ciclo de pintura natural e se recebêssemos os Bombardier com as cores e desenho actuais, só poderíamos de modo económico voltar a pensar numa nova imagem em 2017/18. E viver durante 17/18 anos com uma imagem bonita, mas algo sorumbática e pouco apelativa era um risco comercial e estratégico muito elevado!
A aviação civil é dominada por companhias ditas “low cost” ou de modelos híbridos que resultaram da convergência de companhias mais tradicionais. A SATA no último par de anos encetou um processo de modernização a vários níveis, mas sempre com o foco colectivo no passageiro – novas tarifas estruturadas em “one way” e “tarifas discount” e a SATA que estava “offline” passou a estar “online”. Desenvolvemos o projecto “click to fly” e passamos a estar presentes nos grandes portais.

O site da SATA como existia era pouco “user friendly”. Isso está a ser mudado?



O site da SATA actualmente é “user friendly” e isto é validado por entidades externas e medido pelo número de “clicks” para efectuar operações e o tempo que leva. É dinâmico e bastante intuitivo. No entanto, o site está a sofrer uma remodelação para aparecer com nova imagem. A nova imagem aparece construída com base em ícones identitários da história da SATA, mas como é um projecto com uma expressão plástica muito forte é inevitável que algumas pessoas não gostem. Primeiro estranha-se, para depois se entranhar.

 

 

 

 

Paula Gouveia/Paulo Simões (in AO)

Pub

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here