O presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, destacou hoje a importância de “uma economia mais competitiva e mais e melhor emprego” enquanto “objetivos estratégicos” para o próximo quadro comunitário de apoio 2014-2020.
“Teremos uns Açores mais fortes, teremos uma economia mais competitiva, teremos mais e melhor emprego, essas são as premissas, esse é o ponto de partida para aquilo que nós esperamos alcançar para o próximo quadro comunitário de apoio”, afirmou Vasco Cordeiro no final de dois dias de audiências com parceiros sociais com vista à preparação do orçamento europeu.
Entre uma lista de dez pontos estratégicos, o presidente do executivo açoriano defendeu a criação de emprego sustentável, o reforço da competitividade das pequenas e médias empresas, a melhoria da rede de transportes e a eficiência no aproveitamento dos recursos “para que possamos produzir para a satisfação das nossas necessidades”.
O presidente da Federação Agrícola dos Açores, Jorge Rita lamentou, à saída do encontro com Vasco Cordeiro, que “esteja em cima da mesa a redução de apoios comunitários para todos os países” ao contrário do que desejava que era o reforço de verbas “para uma contínua reestruturação do setor agrícola”.
“Infelizmente não era isso que desejávamos e pretendemos até porque a Região tem tido um aproveitamento excecional de todas as verbas dos quadros comunitários de apoio, porque o setor agrícola é o que mais tem crescido na Região nos últimos anos”, admitiu.
Na ótica de Duarte Freitas, líder do PSD/Açores “deve manter-se, no mínimo, a mesma proporção dos fundos comunitários do peso da Região em relação ao país” e alertou para que nos Açores “se faça um esforço para a aplicação o mais eficiente possível dos fundos comunitários”.
“Não podemos fazer utilização dos fundos comunitários para investimentos que muitas vezes parece que se esgotam no dia da inauguração, tem de ser feito com perspetiva de futuro, de desenvolvimento sustentável e de criação de emprego”, disse realçando a importância da utilização de fundos comunitários para a qualificação e formação profissional e para a criação de emprego de forma sustentável.
O socialista José Contente, defendeu que os próximos fundos comunitários devem “discriminar positivamente os Açores” realçando como ponto de honra do PS Açores que “não haja reduções face à redução nacional”.
“O governo e o PS estão interessados em aplicar fundos comunitários no emprego, nas empresas, ajudando também as empresas para que elas possam gerar mais emprego mas também em outros domínios novos como o ‘hypercluster’ da economia do mar, na revitalização e reabilitação urbanas como mola do desenvolvimento das nossas empresas e da melhoria do nosso edificado”, disse.
O PS/Açores foi o último a ser recebido pelo presidente do Governo Regional dos Açores, depois de ao longo desta tarde ter tido audiências com o PSD/Açores, a Federação Agrícola dos Açores, a CGTP e a UGT com vista à preparação do próximo quadro comunitário de apoio entre 2014-2020.
Lusa
