Empresários afirmam que medidas em São Miguel são necessárias mas “nefastas”

O presidente da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada considerou hoje que as medidas para combater a pandemia de covid-19 em São Miguel, anunciadas pelo Governo açoriano, são necessárias, mas terão consequências nefastas em termos económicos.

Os setores económicos, disse Mário Fortuna, “vão ser novamente penalizados com estas medidas que, sendo necessárias, não deixam de ter consequências bastante nefastas nos segmentos de empresas”.

O Governo dos Açores vai implementar, a partir de sexta-feira, novas medidas de contenção da pandemia de covid-19 na ilha de São Miguel, como limitação de ajuntamentos na via pública a mais de quatro pessoas, desde que não façam parte do mesmo agregado familiar, o encerramento de cafés e restaurantes às 15:00, mantendo a atividade para serviço ao domicílio ou ‘take-away’”, e a implementação do ensino à distância para “todos os estabelecimentos de ensino e todos os níveis de ensino”.

Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada considerou que as penalização são transversais ao tecido empresarial, mas “atingem particularmente os estabelecimentos que dependem de horários noturnos para o seu normal funcionamento”, como a restauração.

“São, mais uma vez, reveses que estamos a ter relativamente à recuperação desta pandemia, sendo problemas que deverão ter que ser naturalmente revisitados para aferir da necessidade de novas medidas e abordagens para que não haja um desastre ainda mais profundo do que aquele que se perspetiva”, declarou o também economista, recordando que os setores mais afetados “já vêm a sofrer bastante desde o inicio da pandemia”.

Os Açores têm atualmente 564 casos ativos de infeção pelo novo coronavírus, que provoca a doença covid-19, dos quais 519 na ilha de São Miguel, 39 na ilha Terceira, três na ilha das Flores e três na ilha do Faial.

 

 

 

Lusa

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