Empresários querem criar instituições autónomas para a promoção externa dos Açores

A Câmara do Comércio dos Açores defendeu hoje a criação de “instituições autónomas” e “resilientes aos ciclos políticos” para assegurar a promoção turística e o investimento externo durante as mudanças de legislatura.
“[Defendemos] a criação de instituições autónomas de promoção externa que sejam resilientes aos ciclos políticos e continuem a funcionar enquanto a democracia se está a ajustar e os ciclos políticos a acontecer”, afirmou Francisco Rosa.
O empresário falava na sede da Presidência do Governo dos Açores, em Ponta Delgada, após uma reunião com o líder do executivo regional (PSD/CDS-PP/PPM), a propósito do Plano e Orçamento da Região para 2024.
Segundo disse, aquelas instituições deveriam assumir as responsabilidades da promoção turística e da captação de investimento externo.
“As instituições não podem parar, a promoção não pode parar. Têm de continuar com instituições mais resilientes e autónomas aos ciclos políticos”, reforçou.
Francisco Rosa reiterou que a Azores Airlines deve ser alienada com “urgência”, apelando ao executivo para “concretizar” a privatização da companhia aérea.
O líder da Câmara do Comércio dos Açores alertou ainda para a necessidade de existir “contenção na despesa pública” e para a importância de o Governo Regional conseguir uma “execução rápida” do Plano de Recuperação e Resiliência e do Programa Operacional 2030.
O presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, iniciou hoje uma ronda de audições aos partidos com assento parlamentar e parceiros sociais no âmbito do processo de auscultação sobre as antepropostas de Plano e Orçamento Regional para 2024, que foi chumbado em 23 de novembro de 2023, com os votos contra de IL, PS e BE e as abstenções do Chega e do PAN, motivando a queda do executivo regional e a convocação de eleições antecipadas.
O novo executivo, o segundo liderado por José Manuel Bolieiro, tomou posse em 04 de março e viu o seu Programa do Governo ser aprovado em 15 de março, com votos favoráveis dos partidos que integram o executivo, as abstenções de Chega, PAN e IL, e os votos contra de PS e BE.

 

Lusa

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