Enfermeiros iniciam hoje greve de cinco dias

Os enfermeiros associados da Federação Nacional dos Sindicatos de Enfermeiros (FENSE) iniciaram às 00:00 de hoje uma greve nacional de cinco dias em protesto contra o impasse na negociação do acordo coletivo de trabalho, que começou há um ano.

O dirigente da FENSE – que integra o Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem (SIPE) e o Sindicato dos Enfermeiros (SE) -, José Correia Azevedo, disse à Lusa que as razões do protesto se prendem com “o impasse na negociação” da proposta do acordo coletivo de trabalho apresentado pelos enfermeiros em agosto de 2017.

“Hoje é porque falta este, amanhã é porque falta aquele, depois falta o outro, e nós entendemos que o Governo efetivamente não quer negociar, porque se quisesse negociar, já tinha respeitado o compromisso que assumiu” de que o acordo estaria terminado no fim de setembro de 2017, razão pela qual os profissionais minimizaram a luta, disse o dirigente da federação, que representa cerca de 10 mil dos pouco mais de 40 mil enfermeiros.

Um ano depois, “estamos ‘na mesma como a lesma’, não saímos ainda do sítio. E, portanto, esta greve destina-se a chamar a atenção dos enfermeiros de que, se querem este acordo, que conhecem em proposta, têm de nos ajudar nesta luta”, disse José Correia Azevedo.

“O Governo dá a impressão que está a tentar ganhar tempo, não sabemos muito bem porquê nem para quê, para nos empatar e nós estamos dispostos a começar esta greve, à qual se podem seguir outras, para obrigar o Governo a dizer ou não quer negociar, e assume a responsabilidade política, ou quer negociar e tem que terminar os trabalhos porque um ano já é demais” para a negociação.

Os enfermeiros pretendem que seja criada uma carreira especial de enfermagem, que integre a categoria de enfermeiro especialista, e exigem o descongelamento da carreira, lembrando que o Estado deve aos Enfermeiros 13 anos, 7 meses e 25 dias nas progressões. Exigem também a revisão das tabelas remuneratórias.

“Mesmo que não tenham dinheiro para a pagar atualmente, os sindicatos já propuseram o pagamento em três prestações anuais”, disse José Correia Azevedo, presidente do Sindicato dos Enfermeiros.

Os sindicatos garantem que os serviços mínimos serão respeitados.

 

 

Lusa

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