
Portugal, que em oito jogos com a Noruega somava seis vitórias e dois empates, caiu perante este país pela primeira vez e fica agora totalmente dependente para chegar ao quinto Europeu consecutivo.
Carlos Queiroz, suspenso, voltou a assistir da bancada ao jogo e Agostinho Oliveira, no banco, demorou a mexer na equipa (fez duas substituições), promovendo a primeira alteração aos 72 minutos (Danny por Tiago) e a segunda aos 83 (Liedson por Quaresma).
Na estreia de Sílvio como internacional AA, Portugal até começou bem o jogo, com Raul Meireles a rematar de forma disparatada e por cima, logo aos cinco minutos, na sequência de um passe de Tiago e quando estava completamente liberto dentro da área.
Os noruegueses, que sempre que tinham oportunidade de lançar bolas altas para a área colocavam os portugueses em sentido, não sentiram este aparente ascendente luso e nem dois remates de Quaresma, aos nove e 10 minutos, os conseguiu intimidar.
O golo de Erik Huseklepp, aos 21 minutos, surgiu quando Ricardo Carvalho atrasou uma bola para Eduardo e este, com todo o tempo do Mundo para a soltar, decidiu inventar e permitir que Carew se intrometesse. A bola sobrou para os pés de Huseklepp, que teve somente de a enviar para o fundo das redes.
Miguel Veloso, no “onze” e na posição ultimamente ocupada por Fábio Coentrão, tornou-se então mais autónomo nas saídas para o ataque e até serviu Manuel Fernandes, aos 28 minutos, para um remate deste às malhas laterais.
Obrigado a mexer por duas vezes até ao intervalo, o seleccionador norueguês, Egil Olsen, “tapou” bem as intenções de Tiago, Manuel Fernandes e Raul Meireles a meio campo e obrigou os seus jogadores a redobrados esforços, que impediram quase sempre as ações individuais dos portugueses.
A Noruega, que tinha vencido 2-1 a Islândia na sexta-feira, na primeira jornada do grupo, entrou para o segundo tempo com a intenção de dar a estocada final e Huseklepp e Mohammed Abdellaoue, aos 46 e 51 minutos, atiraram ligeiramente ao lado, já depois de Portugal ter andado a cheirar o golo.
Aos 60 minutos, Hugo Almeida ainda festejou golo, mas a equipa de arbitragem assinalou e bem posição irregular do avançado português e, aos 64, Nani atirou à figura, no melhor momento da equipa liderada por Agostinho Oliveira.
Agostinho Oliveira decidiu, então e finalmente, “mexer” aos 72 minutos e colocou Danny no lugar de Tiago, tentanto alargar a frente de ataque, mas desfalcando o meio campo defensivo.
Até ao final, Portugal, já com Liedson, nunca conseguiu atingir qualidade suficiente para o empate, com os noruegueses, de fibra, a procurarem o segundo, mas, melhor, a saberem como segurar o triunfo que os coloca na liderança do grupo H, com seis pontos. Portugal soma um, do empate em casa com o Chipre.