EUA querem instalar campo de treino de caça-bombardeiros nas Lajes

Governo quer saber qual o impacto ambiental da proposta, um dos pontos da reunião desta sexta-feira, em Washington. Cerca de 850 portugueses trabalham para o destacamento militar dos EUA nos Açores

 

 

A eventual instalação na Base das Lajes de um campo de treino para caças norte-americanos e situações laborais dos trabalhadores portugueses constam da agenda da reunião de delegações dos dois países, prevista para sexta-feira, em Washington.

Os representantes de Portugal e dos EUA vão reunir-se no âmbito da Comissão Bilateral que acompanha o Acordo de Cooperação e Defesa assinado entre os dois países e que permite a presença do destacamento militar norte-americano na base aérea portuguesa da ilha Terceira.

 

Fonte da comissão adiantou hoje à agência Lusa que as Forças Aéreas dos dois países deverão apresentar, na reunião de Washington, um relatório conjunto sobre a possibilidade da Base das Lajes receber um campo de treino para o último modelo de caças dos EUA.

Uma pretensão norte-americana que está, ainda, a ser estudada a nível técnico, mas que poderá passar agora para o nível político, se o relatório militar for apresentado na reunião de sexta-feira.

 

O Governo açoriano já anunciou que primeiro pretende saber quais os impactos ambientais e económicos que esta eventual nova valência da base poderá ter, mas manifestou-se, por princípio, de acordo com medidas que melhorem a dinâmica laboral civil na infra-estrutura militar portuguesa.

A reunião de sexta-feira vai, também, aprovar oficialmente um regulamento interno para os trabalhadores portugueses, que foi alvo de acordo entre as duas partes, adiantou a mesma fonte.

Esse regulamento vai permitir uma gestão mais clara do dia-a-dia dos cerca de 850 portugueses que trabalham para o destacamento militar dos EUA.

 

Na reunião de Washington, poderá ser, também, discutido o sistema de aumentos dos civis portugueses e a viabilidade de se manter o inquérito salarial que determina a actualizações anuais dos salários.

Segundo o executivo açoriano, esse inquérito salarial não tem sido aplicado, pelo menos, nos últimos três anos, o que já motivou queixas de vários trabalhadores.

Na segunda-feira, na Assembleia da República, o ministro dos Negócios Estrangeiros Luís Amado reconheceu que os conflitos laborais na base das Lajes são “um problema que não pode ser ignorado”, remetendo o assunto para a reunião da comissão bilateral em Wahington.

Quanto ao Acordo das Lajes, Amado considerou prematuro discorrer sobre o assunto até que a nova administração norte-americana se posicione.

 

In IOL Diario

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