Governo açoriano antecipa “constrangimentos” e “pressão” no aeroporto de Ponta Delgada

O Governo dos Açores antecipa “constrangimentos” nas áreas do ‘check-in, segurança e chegada de passageiros do aeroporto de Ponta Delgada no verão, considerando necessário relançar investimentos que “nos últimos anos ficaram no limbo”.

Em resposta escrita a questões da agência Lusa sobre o maior aeroporto dos Açores, a secretaria regional dos Transportes, Turismo e Energia, disse esperar uma “oferta de mais de 300 mil lugares” para o Verão IATA devido ao aumento de voos para a ilha de São Miguel, pelo que aguarda, desde dezembro, pela marcação de uma reunião com a ANA – Aeroportos de Portugal, gestora da infraestrutura.

Notando que o aeroporto de Ponta Delgada “não é gerido direta ou indiretamente” pela região, uma vez que está concessionado à ANA Aeroportos, a secretaria tutelada por Mota Borges vincou que o número previsto de passageiros “colocará maior pressão sobre a infraestrutura”.

“Este Governo, fruto dos testemunhos e experiência do verão de 2019, em que se assistiram a longas filas de espera no ‘check-in’, segurança e chegadas de passageiros internacionais, antecipa constrangimentos nessas áreas, uma vez que as mesmas aparentemente não foram sujeitas a alterações relevantes”, avança o executivo PSD/CDS-PP/PPM.

A secretaria regional disse querer “acompanhar os projetos e a execução das medidas da concessionária” para o aeroporto, bem como “avaliar” o “calendário” e o “ajustamento” das intervenções.

“Por essa razão, em dezembro último, foi solicitada formalmente para estes efeitos uma reunião à administração da ANA SA, aguardando-se a sua disponibilidade para a sua realização”, assinala o governo.

Segundo a secretaria, o “objetivo” da reunião é “avaliar quais dos antigos projetos” para o aeroporto de Ponta Delgada “serão realizados este ano e quais aqueles que, presentemente, necessitam ser desenvolvidos, realizados ou corrigidos”.

“O regresso a uma vida normal é necessário, assim como é necessário também o relançamento de investimentos que nos últimos anos ficaram no limbo das coisas que mais tarde seriam reavaliadas”, indica o executivo.

O Governo Regional considerou ainda necessário “continuar a ajustar” as infraestruturas aeroportuárias da região às “novas realidades”, para assegurar “um serviço de qualidade aos açorianos e àqueles que visitam” o arquipélago.

Além das operações que se iniciaram no verão de 2021 para São Miguel (das transportadoras Swiss, Lufthansa e Iberia, provenientes de Genebra, Frankfurt e Madrid, respetivamente), o Governo Regional especificou que vão existir oito novas rotas para o aeroporto de Ponta Delgada.

Entre essas rotas está a operação da Edelweiss de Zurique (Suiça), da United Airlines de Newark (Estados Unidos), da British Airways de Londres (Inglaterra), da Azores Airlines de Nova Iorque (Estados Unidos), Dusseldorf (Alemanha) e Barcelona (Espanha), e da Transavia Holanda de Amesterdão (Países Baixos) e da Transavia França de Paris.

A 24 de fevereiro, no parlamento dos Açores, o presidente da SATA, Luís Rodrigues, alertou que o aeroporto de Ponta Delgada “vai rebentar por todos os lados”, porque não vai ter “capacidade para processar” todos os voos previstos para o verão.

 

 

Lusa

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