Governo da República “indiferente” à segurança dos açorianos, acusa PSD/A

O deputado do PSD/Açores Carlos Ferreira afirmou hoje que o atual governo da República tem sido “indiferente” em relação à segurança dos açorianos, estando a ocorrer um “retrocesso de décadas” na Região em matéria de policiamento.
“A suspensão do Programa ‘Escola Segura’ no concelho de Ponta Delgada e a mera ponderação do eventual encerramento de esquadras no período noturno na ilha de São Miguel, por falta de agentes, constituem um retrocesso de décadas na segurança dos açorianos”, afirmou Carlos Ferreira, na Assembleia Legislativa dos Açores.
O parlamentar do PSD/Açores falava durante o debate sobre o projeto de resolução apresentado pelos social-democratas – aprovado por unanimidade – que recomenda ao governo da República o reforço, “com a maior urgência”, do número de agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) na Região.
“O incumprimento da promessa de reforço do número de agentes na Região, por parte deste governo da República, põe em perigo a segurança das populações. Perante a indiferença do governo da República para com a segurança dos açorianos, o projeto de resolução que aqui apresentamos, é uma afirmação do parlamento dos Açores, em nome e em defesa das nossas populações”, disse.
Carlos Ferreira salientou que “não se pode aceitar, de ânimo leve, que o governo da República prometa quando se desloca à Região, e depois não cumpra”, referindo-se à promessa do ministro da Administração Interna, feita em abril deste ano, de reforçar em 40 agentes o Comando Regional dos Açores da PSP.
“Nem os polícias que trabalham nesta Região, nem as populações das nossas ilhas podem ser abandonados à sua sorte, e o primeiro órgão da Autonomia deve tomar uma posição clara sobre o assunto”, considerou.
O deputado social-democrata lembrou que o governo da República também não cumpriu a promessa, feita em 2016, de realizar uma ampla campanha de divulgação e sensibilização junto dos jovens açorianos, com o objetivo de reforço das forças de segurança nos Açores.
“A PSP dos Açores funciona com o menor rácio de agentes em Portugal, face à dispersão do território e ao número de esquadras existentes, e as dificuldades denunciadas quanto à ilha de São Miguel estendem-se a todas as ilhas”, sublinhou.
O parlamentar defendeu que “não é admissível” que o encerramento de esquadras para deslocação a ocorrências se torne uma regra, “nem se pode aceitar que a segurança nos Açores se faça com base no sistemático corte de folgas e do período de descanso dos polícias”.
Carlos Ferreira louvou ainda o “esforço acrescido e o trabalho realizado” pelos profissionais da PSP nos Açores nas atuais circunstâncias.
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