Governo de César “gasta mais do que pode e já deve mil milhões de euros”

O PSD/Açores acusou hoje o governo regional de “gastar mais do que pode, de se endividar sem critérios, sem prudência, e sem cuidado na forma como aplica o dinheiro que pede emprestado, empenhando anualmente o futuro dos Açores”, pode ler-se num comunicado divulgado esta tarde.
“O governo de Carlos César está assim. Gasta o que tem e o que não tem e empenha o futuro da região. No que é visível, mas também em manobras não absolutamente claras, como seria exigível a um governo responsável, que presta contas a quem o elege. A dívida criada por César já chegou aos mil milhões de euros”, assegura o deputado António Marinho.
“Ainda há uma semana endividou os Açores em mais 50 milhões de euros, o valor de um empréstimo autorizado há quase um ano, e que foi agora accionado”, explica”, referindo que “a dívida pública directa subiu para 375 milhões de euros, e a esse valor junta-se a dívida contraída através de empresas de capitais públicos, que foram criadas em catadupa”, acrescenta.
“César tem a obrigação de prestar contas aos açorianos. Que não suportam mais sacrifícios, que não podem ser ainda mais prejudicados pelos desmandos e pelos seus exageros e de Sócrates”, lamenta o social-democrata, para quem “os efeitos da crise económica e social instalada na região já são suficientemente graves. E penalizam excessivamente a vida das pessoas e das empresas”, afirma Marinho.
O social-democrata recorda que o PSD “pediu ao governo as contas das empresas que estão sob a sua alçada. Empresas onde está investido o dinheiro dos açorianos. Mas nem no prazo limite de 60 dias, que tinha que cumprir, o governo as deu. Quatro meses depois, ainda não o fez. O que esconde César? Porque esconde César?”, interroga-se.
“A real situação das contas públicas regionais vai sendo escondida. Como também Sócrates escondeu a situação grave das contas do país, que agora se confirma, em função dos sacrifícios pedidos, e que afectam muito significativamente os açorianos” assegura.
“César dizia que tinha um superávite nas contas públicas regionais, mas foi endividando a região, sendo que em 2009 foram evidentes as dificuldades. César prometeu um investimento de 500 milhões de euros, mas faltaram-lhe 100 milhões no fim do ano. Não houve dinheiro para mais”, afirma António Marinho.
César gasta mais do que pode. Gasta no que não deve. Em discotecas de bar aberto, em viagens duvidosas, em publicidades milionárias. Mas recusa a muitos que precisam, tenta reduzir o papel de instituições imprescindíveis no domínio social, retarda pagamentos a grupos sociais mais débeis, como no caso do Compamid, ou paga tarde e a más horas aos fornecedores”, denuncia o PSD.
“Os açorianos têm o direito de conhecer a forma como está a ser gerido o seu dinheiro, e o mandato que Carlos César tem do povo açoriano não lhe permite hipotecar o futuro desta forma. É intolerável que esconda, como faz Sócrates, a situação financeira da região”, conclui o parlamentar.

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