Governo dos Açores anuncia quatro novos programas de reforço à competitividade das empresas

O Vice-Presidente do Governo destacou, em Ponta Delgada, a importância para as empresas regionais de quatro novos programas que, associados à criação do ‘Cluster Digital Açores’, considerou “essenciais no caminho de um maior crescimento económico”, através da criação de apoios inovadores ao reforço da competitividade do tecido empresarial da Região.

“Consolidar ainda mais a nossa economia é, para além das medidas existentes, apresentar novas medidas para responder a novos desafios”, frisou Sérgio Ávila, que falava segunda-feira na apresentação da revista ‘As 100 Maiores Empresas dos Açores – 2017’.

Nesse sentido, adiantou o titular da pasta da Competitividade Empresarial, o Governo dos Açores vai proceder a uma alteração do sistema de incentivos Competir+ e “criar um reforço do apoio não reembolsável às despesas elegíveis no âmbito da inovação tecnológica, particularmente da desmaterialização de processos e da indústria 4.0”.

Sérgio Ávila salientou que esta medida visa “reforçar o apoio para as empresas que queiram inovar do ponto de vista tecnológico” e pretendam fortalecer “a sua integração num mundo cada vez mais global, em termos de competitividade”.

O segundo programa determinado pelo Governo dos Açores destina-se a incentivar o empreendedorismo desde o final da frequência universitária, a potenciar a aplicação de conhecimento e a criação de novas empresas, sustentadas na investigação.

“Vamos criar o programa StartUp Universitário, que visa criar uma interligação entre os alunos que estão a terminar a formação e os investigadores” da Universidade dos Açores”, de forma a que “o conhecimento da investigação possa ser aplicado” e se possam “criar novas empresas em que a investigação seja um elemento fundamental da sua competitividade”, salientou Sérgio Ávila.

“A terceira linha fundamental dos novos desafios é o que chamamos Desafio StartUp”, com o objetivo de “criar condições para que as novas empresas criadas, as ‘startups’, tenham um mercado mais consolidado”, adiantou o governante.

O Vice-Presidente defendeu a necessidade de “conjugar e apoiar a prestação de serviços inovadores por parte dessas [novas] empresas às empresas tradicionais”, que têm menos apetência por áreas ao nível, por exemplo, “da perceção dos novos hábitos de consumo, de novas tecnologias de acesso aos consumidores e de valorização dos seus produtos.”

“Um quarto vetor fundamental é, sem dúvida, o novo programa Exportar Açores”, afirmou Sérgio Ávila, considerando que, apesar da “muita valorização” dos produtos açorianos e do crescimento da produção regional, através da Marca Açores, “importa fazer mais e melhor”.

O Vice-Presidente adiantou que este programa “permitirá reforçar o apoio a todas as empresas exportadoras” nos chamados fatores de competitividade, “quer seja conhecimento de novos mercados, quer seja na qualificação da sua componente comercial” ou em investimentos para esse efeito.

Para Sérgio Ávila, se se associar o desenvolvimento de um cluster digital nos Açores a estas quatro novas medidas, estão criadas “as componentes essenciais para que – aperfeiçoando todos os programas já existentes de apoio ao investimento, ao emprego e à criação de novos postos de trabalho – as empresas açorianas possam vencer novos desafios”.

O governante destacou ainda que, também em 2019, vão ser implementados novos programas de apoio à contratação por parte das empresas, assim como um programa de formação de trabalhadores no ativo.

O Vice-Presidente considerou na sua intervenção que a iniciativa ‘As 100 Maiores Empresas dos Açores’, promovida anualmente pela Açormedia e em que, além da publicação do ranking, se distingue o desempenho de empresas e de empresários e projetos de investimento, permite “sintetizar o que foi o esforço, a concretização e, particularmente, a capacidade empreendedora das empresas e dos empresários açorianos ao longo do último ano”.

“2017 foi, sem dúvida e de acordo com todos os indicadores macroeconómicos existentes – quer sejam indicadores de produção, quer sejam indicadores de rendimento ou indicadores de valores de consumo -, um ano que consolidou a retoma da nossa atividade económica”, afirmou Sérgio Ávila.

“O crescimento acentuado de todos esses indicadores fez com que o Produto Interno Bruto tivesse ultrapassado, pela primeira vez, os quatro mil milhões de euros”, acrescentou.

Segundo o governante, o investimento privado, “sem precedentes” na Região, foi o fator decisivo nesse crescimento económico, com mais de 1.000 projetos já apresentados ao sistema de incentivos Competir+, que representam 440 milhões de euros de novos investimentos privados e mais de 2.300 novos postos de trabalho diretos.

O titular da pasta da Competitividade Empresarial revelou ainda que 85% do investimento desses 440 milhões de euros foram apresentados ao Subsistema de Fomento da Base Económica de Exportação, que “associa o turismo, as novas tecnologias, o setor agroindustrial e a produção de bens e serviços transacionáveis”.

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