Governo dos Açores quer intensificar relação com a diáspora

O presidente do Governo Regional dos Açores quer que o executivo intensifique as relações com a diáspora, foi hoje divulgado a propósito da visita de José Manuel Bolieiro aos Estados Unidos.

“Queremos desenvolver uma relação cada vez mais intensa com a nossa diáspora”, garantiu em New Bedford o presidente do Governo, num encontro com dirigentes associativos, culturais, sociais e económicos das comunidades açorianas do Estado de Massachussets, de acordo com um comunicado do executivo PSD/CDS-PP/PPM enviado à comunicação social.

As declarações foram feitas no sábado, no primeiro dia de visita oficial do presidente do Governo, e do vice-presidente do Executivo, Artur Lima, a comunidades açorianas da Costa Leste dos Estados Unidos da América (EUA), a propósito dos 30 anos da Casa dos Açores da Nova Inglaterra.

Em New Bedford, José Manuel Bolieiro assegurou ainda que o desígnio do XIII Governo Regional dos Açores é praticar “humildade democrática”.

O executivo está, por isso, “disponível para receber todas as aportações que possam potenciar o desenvolvimento da Região mas também de toda a comunidade açoriana e descendente de açorianos espalhadas pelo mundo”, indica a nota de imprensa.

“Esta é uma comunidade que honra, prestigia o nome de Portugal e dos Açores pelo sucesso que cada um alcançou nesta terra de acolhimento, de forma individual, com as suas famílias, empresas e atividades”, disse o governante.

O presidente do Governo elencou algumas das medidas postas em práticas na Região pelo atual executivo, nomeadamente a baixa de impostos ou a Tarifa Açores, que tem promovido uma “identidade Açoriana mais forte”.

“Só se ama o que se conhece”, justificou, lembrando que, com esta medida, qualquer residente nos Açores pode visitar duas ilhas diferentes por um preço máximo de até 60 euros, ida e volta.

“Os Açorianos precisam de oportunidade de se conhecerem e conhecerem as várias ilhas. Isso faz-se, acima de tudo, pela via aérea”, defendeu.

Bolieiro recordou ainda o potencial económico da medida também em termos turísticos, e em setores como a hotelaria ou a restauração.

Depois do encontro em New Bedford, José Manuel Bolieiro e Artur Lima deslocaram-se à Casa dos Açores da Nova Inglaterra, em Fall River, para o lançamento do livro sobre a emigração Açoriana para os EUA (“Volume 1 — De Colombo à Primeira Guerra”), editado pela Associação dos Emigrantes Açorianos.

Hoje, e após contactos com representantes dos órgãos de comunicação social que servem as comunidades Açorianas, José Manuel Bolieiro e Artur Lima integram o almoço comemorativo dos 30 anos da Casa dos Açores da Nova Inglaterra.

Em paralelo, será apresentada uma exposição alusiva à emigração Açoriana para os Estados Unidos da América.

A Casa dos Açores da Nova Inglaterra (CANI) foi oficialmente fundada como “Casa dos Açores do Estado de Rhode Island”, no estado de East Providence, em 8 de junho de 1982 e teve como primeiro presidente o Senador John Correia.

Foi criada com o objetivo de prestar serviços à comunidade onde se encontra inserida nas mais variadas vertentes (oportunidades educacionais, culturais e sociais), bem como o intercâmbio cultural e logístico entre a comunidade Açoriana imigrante no Sudoeste da Nova Inglaterra e os Açores.

Após um interregno de cerca de oito anos, em 16 de outubro de 1991, Leonardo Oliveira e um grupo de conterrâneos, reabriram a instituição, já sob a denominação de Casa dos Açores da Nova Inglaterra.

O seu primeiro presidente foi Paulo Bettencourt (1991), seguindo-se José Soares (1993), Mariano Alves (2004) e João Luís Morgado Pacheco (1995 e 2006).

Em 2010, Mário Ventura assumiu a presidência até 2012, altura em que Nélia Alves-Guimarães foi eleita a primeira mulher presidente desta instituição.

Em 2018, Francisco Viveiros assumiu a presidência, que ainda exerce atualmente.

 

 

Lusa

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