Grupo SATA com lucro de 7,2 ME no 3.º trimestre

A Azores Airlines e a SATA Air Açores obtiveram um lucro de 7,2 milhões de euros no terceiro trimestre, atribuindo o grupo SATA estes “resultados inéditos” aos “fortes desempenhos comercial e operacional” das duas companhias aéreas.

Num comunicado divulgado hoje, o grupo SATA avança que a Azores Airlines (que opera de e para fora do arquipélago) registou um resultado líquido de 3,3 milhões de euros de julho a setembro, enquanto a SATA Air Açores (que voa no arquipélago) registou um lucro de 3,9 milhões.

No terceiro trimestre, os resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações (EBITDA) da Azores Airlines somaram 18,1 milhões de euros e as receitas 90,2 milhões.

“Estes valores comparam muito favoravelmente com o trimestre equivalente de 2019, ano anterior à pandemia, em que a companhia registou 7,3 milhões de euros de EBITDA, com receitas totais de 64,6 milhões de euros”, refere.

Quanto ao resultado líquido obtido pela companhia, “apesar da menor relevância em momentos intercalares do ano fiscal, ilustra ainda assim a evolução da operação da Azores Airlines”, sustenta.

No trimestre em análise, a Azores Airlines transportou 421 mil passageiros, mais 25,7% do que os 335 mil transportados em 2019.

Segundo a SATA, “determinante para o desempenho neste verão de 2022 foram o desenvolver de uma estratégia comercial de forte proximidade com passageiros e agentes de mercado e um desempenho operacional robusto, que possibilitou à Azores Airlines ultrapassar os graves problemas operacionais que marcaram o verão nos vários aeroportos europeus e americanos”.

“Nesse contexto, salienta, a Azores Airlines conseguiu concretizar a generalidade da sua operação, tendo, no entanto, que acomodar pressão adicional sobre a pontualidade, para além da natural neste período, dado o crescimento do tráfego”.

Segundo a companhia, os resultados “continuaram a ser fortemente impactados pela conjugação do aumento de preço dos combustíveis com a desvalorização do euro face ao dólar”.

Até setembro, o custo total de combustível ascendeu a 57,4 milhões de euros, mais 91,4% (quase o dobro) face a 2019, equivalente a mais 27,5 milhões de euros, o que representa 36,5% dos custos, contra 18,8% em 2019.

Quanto à SATA Air Açores, obteve no trimestre de verão um resultado líquido de 3,9 milhões de euros, um EBITDA de 5,8 milhões de euros (2,9 milhões de euros em 2019) e receitas de 31,2 milhões de euros (22,5 milhões de euros em 2019).

Num período “marcado pelo aumento da mobilidade interilhas, que exigiu a introdução de uma nova aeronave Dash Q400 para responder ao aumento da procura”, a SATA Air Açores transportou 336 mil passageiros, mais 19,0% do que os 283 mil de 2019.

“Embora menos exposta ao problema de combustível, ainda assim o custo desta rubrica no período ascendeu a 8,2 milhões de euros, o dobro dos 4,1 milhões de euros em 2019”, lê-se no comunicado.

De acordo com a SATA, “o principal desafio no ano prende-se com a tesouraria da operação”: “O elevado preço dos combustíveis, o continuado enfraquecimento do euro, a ausência de compensação nas obrigações de serviço público para o Continente e os elevados encargos da dívida histórica condicionam continuamente a atividade, absorvendo uma parte desproporcional dos recursos libertos”, refere.

“A concretizarem-se as reservas de tráfego e consequente receita no último trimestre do ano, ambas as companhias aéreas devem registar o melhor ano de sempre nestas rubricas, bem como uma melhoria de resultados operacionais face a 2019”.

“No global, apesar dos fatores adversos, a recuperação da SATA está em linha com o traçado no plano de restruturação aprovado pela Comissão Europeia”, acrescenta.

 

 

Lusa

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