Hospital de Ponta Delgada vai reduzir custos operacionais devido a diminuição do orçamento

A presidente do conselho de administração do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, Margarida Moura, admitiu hoje que a unidade “vai reduzir custos operacionais que não conseguiu no ano passado” por força da redução do orçamento.
 

“Nas áreas em que não foi possível reduzir mo ano passado, por constrangimentos vários, vamos ter de reduzir este ano os custos operacionais nessas áreas e estamos a negociar contratos mais vantajosos para o hospital”, afirmou Margarida Moura aos jornalistas durante a cerimónia de entrega, ao serviço de pediatria, de uma cadeira multifunções para crianças que recebem tratamento oncológico pela delegação da Cruz Vermelha de Ponta Delgada.

Margarida Moura explicou que atualmente está em negociação o plano e orçamento para o hospital e que “existem várias hipóteses em cima da mesa”, havendo já uma previsão sobre o que cortar.

“Nos contratos de fornecimentos e serviços, nomeadamente na limpeza e na lavandaria, nas áreas do laboratório, nomeadamente os reagentes, onde vamos conseguir reduzir substancialmente, deixamos de prestar o serviço de imagiologia para a medicina privada e conseguimos com isso reduzir à volta de 600 mil euros/ano”, apontou a administradora.

O Hospital do Divino Espírito Santo, na ilha de São Miguel, deixa de fazer, entre outros exames, TAC e mamografias, sendo a única exceção os exames de ressonância magnética.

“A única exceção aqui é a ressonância magnética porque o aparelho de ressonância magnética do hospital é o único da ilha e aí estamos a negociar o arrendamento. As requisições com proveniência da medicina privada serão feitas no equipamento do hospital arrendado a privados”, disse.

Margarida Moura não confirmou números dos cortes nas verbas, mas admitiu que vai ser mais difícil gerir aquela unidade hospitalar, assumindo que “já o ano passado foi difícil”.

“Neste momento o serviço da dívida financeira vai ser assumido pela Saudaçor [empresa pública do setor da saúde na região] e portanto o orçamento vai ser reduzido. Estamos em negociações e eu não vou adiantar mais nada”, disse a responsável.

 

Lusa

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