I Congresso Internacional de Proteção Civil dos Açores reúne cerca de 400 participantes

Iniciou-se hoje, na ilha Terceira, o I Congresso Internacional de Proteção Civil dos Açores, sob o tema ‘Os Novos Desafios, Ameaças e Capacidades’, promovido pelo Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, reunindo cerca de 400 participantes, sendo que o programa inclui seis painéis, com cerca de 30 especialistas nas áreas da proteção civil, alterações climáticas, gestão de riscos, comunicação em emergência, intervenção psicossocial em emergência e emergência médica pré-hospitalar.

Na sessão de abertura, o Secretário Regional da Saúde defendeu “a importância da difusão de conhecimento na construção de sociedades mais resilientes e conscientes do risco e da perceção do perigo, face às alterações climáticas”, considerando que “a segurança pressupõe prevenção e proteção, sendo nesse desígnio que reside o interesse deste debate”, salientou Rui Luís.

“É nessa linha que também os Açores se preparam, atualizando regularmente as necessidades específicas, os riscos e as vulnerabilidades, incluindo eventuais medidas de adaptação, que devem ser enfrentadas no quadro de abordagens regionais, nacionais ou no seio da União Europeia, para a adaptação às alterações climáticas e à gestão do risco de catástrofes”, sublinhou Rui Luís.

Para o titular da pasta da Proteção Civil, as opiniões de personalidades de reconhecido saber irão promover uma maior consciencialização da sociedade e ajudar a orientar a procura de novas soluções e a aquisição de novas competências em todas as entidades com responsabilidade no âmbito da Proteção Civil.

“Lidar com riscos coletivos nas suas diferentes formas e manifestações não é uma atribuição exclusiva dos serviços regionais ou nacional de Proteção Civil”, referiu Rui Luís, acrescentando que “é uma obrigação e responsabilidade das entidades públicas e privadas e de cada um de nós”.

Na sua intervenção, o Secretário Regional frisou o papel importante da Proteção Civil dos Açores no contexto de uma região situada no meio do Atlântico, sujeita a catástrofes naturais e atividade sismovulcânica.

“Temperaturas mais elevadas, ocorrência de mais inundações e cheias durante o inverno, menos precipitação sazonal no verão, potenciando os incêndios, maior frequência de episódios de vento extremo e tempestades ou um aumento do risco de galgamentos do mar, são possíveis cenários que, à semelhança do que está a acontecer numa escala global, também poderão vir a afetar os Açores nos próximos anos”, acrescentou.

Rui Luís referiu, por isso, que este encontro será um forte contributo para o reforço e adaptação das medidas preventivas das regiões ultraperiféricas, estados-membros e sociedade civil face aos novos desafios.

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