Incidente da queda do pilar da SCUT não coloca segurança nem qualidade da obra em causa

O incidente que levou à queda dos pilares no Eixo Sul das SCUT, na Ribeira das Três Voltas, em Água D’Alto, foi provocado por factores externos e não coloca em causa as fundações das estruturas e, muito menos, a segurança e a qualidade dos métodos construtivos usados na obra. Estas são as principais conclusões do relatório de averiguações aberto pelo Governo Regional e que o Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos apresentou esta manhã.

Segundo José Contente, “tomamos a decisão certa ao instaurarmos este processo de averiguações, a par do efectuado pela empresa concessionária, porque houve muita desinformação sobre o sucedido e foram, inclusivamente, levantados alguns temores e suspeitas numa obra desta natureza” que é preciso esclarecer e desmistificar.

De acordo com as conclusões do relatório, o incidente da madrugada de 12 de Março foi provocado por um deslizamento de terras do talude que ganhou grande energia e velocidade devido à elevada altura a que se encontrava, cerca de cem metros acima da base dos pilares. Esta massa de terra – cerca de 3 500 m3 – atingiu a base de sustentação da grua de apoio à construção dos pilares, com 87 metros de altura, movendo-a em rota de colisão com os pilares sinistrados que, com o forte impacto da grua, foram derrubados contra o talude adjacente.

Pela própria natureza do processo construtivo, divido em duas fases, primeiro as fundações, de acordo com as sondagens geotécnicas efectuadas, e depois a construção na vertical de duas estruturas paralelas, a partir de uma rótula mecânica, que serão depois abertas em “V”, num ângulo aproximado de 20 graus, os pilares tombaram por estarem assentes numa estrutura giratória que rodou sobre si após o impacto.

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