O presidente da Associação Agrícola de S. Miguel considerou “absurda” a recomendação da Autoridade da Concorrência (AdC) de um afastamento do Governo Regional do processo de fixação dos preços do leite à produção nos Açores.
Jorge Rita considerou que dada a importância da produção leiteira para a economia açoriana não faz sentido que o Governo Regional seja aconselhado a evitar acompanhar o processo, alegando que o Executivo “nunca pressionou” quaisquer dos parceiros directamente implicados nas negociações sobre a matéria.
Num comunicado emitido na sexta-feira em que dá conta dos termos da recomendação dirigida ao Executivo açoriano, a AdC adianta ter apurado, num inquérito realizado no quadro de um processo instaurado contra as empresas Bel-Portugal, Insulac e Prolacto, que o Governo Regional convocou, na última década, reuniões com representantes da indústria em que foi discutido o preço do leite ao produtor.
O processo em causa foi desencadeado, segundo o regulador, na sequência de uma denúncia de uma das principais organizações de produtores de leite do arquipélago, a Associação Agrícola de S. Miguel, de eventual “conluio” na fixação dos preços à produção.
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