Jornalistas terão de apostar na credibilidade para sobreviver no digital

“Com a Net, deixou de ser possível guardar notícias para contar mais tarde, à hora dos noticiários ou da saída do jornal impresso. Qualquer cidadão pode espalhar a notícia”, lembrou.

Além disso, o digital permite a actualização e a melhoria permanente dos conteúdos.

Por isso, para Teotónio Pereira, que falou sobre “A Televisão e as Novas Tendências Multimédia” no festival cultural Outono Vivo, os jornalistas passarão a distinguir-se no imenso manancial de informação disponível no ciberespaço pela sua credibilidade.

O responsável pelo multimédia da RTP sublinhou, por outro lado, que os motores de busca, como o Google – que domina seis por cento do tráfego na Internet -, moldam o consumidor e obrigam a uma mudança de postura por parte dos jornalistas.

“Títulos floreados deixam de fazer sentido porque os motores de busca tratam de factos” – disse.

Ainda segundo Francisco Teotónio Pereira, “uma boa história continua a ser uma boa história”, mesmo com a Internet, mas hoje os jornalistas têm de sair do seu isolamento nas redacções e interagir com os consumidores.

Com a multiplicação da oferta, é igualmente importante que os media tradicionais, como as televisões, se reforcem enquanto marcas.