O líder da JSD/Açores anunciou hoje a apresentação de uma iniciativa legislativa no parlamento regional para retirar as bolsas de estudo dos estudantes do ensino superior do âmbito das regras previstas no decreto-lei 70/2010.
“Vamos propor, através do grupo parlamentar do PSD, que a Assembleia Legislativa dos Açores aprove uma resolução com o objetivo de ser alterado o decreto-lei que obriga a que as bolsas de estudo para os estudantes do ensino superior sejam classificadas como prestações sociais, o que prejudica centenas de alunos”, afirmou Cláudio Almeida, em declarações aos jornalistas.
O líder dos jovens social-democratas, que falava no final de reuniões com a associação académica e os serviços sociais da Universidade dos Açores, apelou também ao governo regional para “minimizar” os efeitos negativos para centenas de estudantes açorianos do ensino superior que perderam o direito a bolsa de estudo.
Já o líder nacional da JSD, Duarte Marques, acusou o governo socialista da República de ser “o coveiro do futuro dos jovens portugueses, ao cortar sem dó nem piedade os montantes das bolsas de ação social escolar, obrigando milhares de estudantes a abandonar o ensino superior”.
“Este governo, que se diz socialista, alterou as leis a meio do jogo, enganando os estudantes e as instituições, assumindo uma atitude irresponsável porque o próprio ministro já reconheceu o erro e anunciou alterações a introduzir no futuro”, frisou.
Apesar disso, Duarte Marques acrescentou que o governo da República “entretanto nada faz para corrigir o erro no presente ano letivo havendo estudantes nos Açores, como no resto do país, que jantam um copo de água e salsichas que ainda vão recebendo graças à solidariedade dos colegas.”
O líder nacional da JSD garantiu que a organização de juventude não vai parar de lutar “enquanto houver um jovem carenciado, que apesar da sua capacidade, inteligência e dedicação, não pode continuar os seus estudos por razões económicas, o que infelizmente, hoje ainda está a acontecer”.
Segundo Duarte Marques, o governo socialista da República “em vez de emagrecer o próprio Estado, continua a esbanjar dinheiro em obras faraónicas e a deixar a fatura para os jovens pagarem”.
“Este governo é forte com os fracos e fraco com os fortes”, considerou.
