Legislação “não permite” liberalizar actividade de inspecção periódica obrigatória de veículos

O Governo Regional dos Açores rejeitou o desafio lançado pela Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo (CCAH) para a liberalização da actividade de inspecção periódica obrigatória de veículos no arquipélago, alegando que a lei “não o permite”.
“A nova legislação, datada de Maio, não permite a liberalização completa”, afirmou José Contente, secretário regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos.

José Contente reagia a declarações de Sandro Paim, presidente da CCAH, que defendeu a liberalização desta actividade por razões de “eficácia na prestação de serviços”.

“Quando várias empresas privadas da região dispõem dos equipamentos necessários à realização dos testes requeridos pela inspecção não faz sentido que essa tarefa continue concessionada a um operador único”, afirmou Sandro Paim, em declarações à agência Lusa na segunda-feira.

Na resposta, José Contente salientou que, além de não permitir a liberalização completa, a nova legislação sobre esta matéria, caso fosse aplicada na região tal como está no continente, até inviabilizaria a abertura de centros de inspecção em sete das nove ilhas do arquipélago.

“A lei só permite um centro de inspecção por cada 30 mil habitantes, pelo que, se fosse aplicada na região, apenas haveria centros de inspecção em S. Miguel e na Terceira”, afirmou o secretário regional.

José Contente revelou que o executivo açoriano está a preparar uma adaptação desta legislação à região, que será proposta à Assembleia Legislativa Regional, para permitir ter “três centros de inspecção em S. Miguel, dois na Terceira e um em cada uma das outras ilhas”.

Pub

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here