Reforço da CDU significa “mais democracia”

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou hoje, na Horta, Açores, que o reforço da votação da CDU nas próximas legislativas significa “mais democracia” para um país e uma região “asfixiados” pelas maiorias absolutas do PS.

 
“Asfixiada pelas maiorias absolutas que no país e na região o PS impõe, mais do que nunca, o reforço da CDU é sinónimo de mais democracia e mais autonomia para a região”, defendeu o líder comunista.
     Jerónimo de Sousa falava no Teatro Faialense, na cidade da Horta, na sessão pública de apresentação da lista da CDU pelo círculo dos Açores para as próximas eleições legislativas, que será encabeçada por Aníbal Pires, o responsável regional do partido.
“Estas eleições são uma oportunidade para levar à Assembleia da República uma voz diferente daquelas que, pela mão do PS e do PSD, perpetuam as mesmas opções e as mesmas políticas que há três décadas marcam a vida do país e da região”, defendeu.
     No discurso que proferiu esta noite na Horta, Jerónimo de Sousa frisou que os comunistas, depois do “êxito” obtido nas eleições europeias, estão “prontos para iniciar outra grande batalha”, numa referência às legislativas de Setembro.
            Para o líder comunista, a lista encabeçada por Aníbal Pires “dá garantias de um combate responsável e quotidiano por mais justiça social” e pelo “desenvolvimento da região e do país”.
     “Esta é a lista de uma força que não se fica perante os problemas, mas que os enfrenta com a determinação dos que têm fortes convicções e um desejo imenso de servir o seu povo e o seu país”, frisou.
     Jerónimo de Sousa considerou que os comunistas vão para a próxima batalha eleitoral “com a confiança de quem, paulatina mas seguramente, prossegue um ascendente processo de reforço eleitoral, social e político”, recordando os “mais de 70 mil eleitores” que votaram pela primeira vez na CDU, nas eleições europeias.

 
     Para Jerónimo de Sousa, é na CDU que “reside a esperança de uma real mudança na vida nacional”, defendendo que “não há saída para os graves problemas do país sem o contributo e o reforço” eleitoral dos comunistas.
“O PS foi derrotado e bem derrotado (nas europeias), mas a grande e decisiva batalha que temos e que se impõe travar é, não só confirmar a 27 de Setembro essa derrota, mas também a derrota da política de direita”, afirmou.

 
Nessa perspectiva, defendeu a importância de “por termo ao modelo da alternância sem alternativa entre PS e PSD”, considerando que esse modelo “está cada vez mais desacreditado”.
Jerónimo de Sousa dedicou depois uma parte do discurso a denunciar as políticas das maiorias socialistas no país e nos Açores, frisando a necessidade de uma “ruptura” que permita melhorar a situação actual.
     Uma atenção especial mereceu a questão do leite, um assunto de grande importância nos Açores, tendo o líder comunista considerado “um escândalo a passividade e a falta de medidas” para defender este sector.
     As pescas também mereceram atenção, exigindo Jerónimo de Sousa a “salvaguarda da soberania nacional quanto à gestão das águas territoriais e das zonas económicas exclusivas”.

 

 

Lusa

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