Líder do CDS-PP/Aço​res questiona Governo Regional sobre alegado favorecime​nto a empresa

O líder do CDS-PP nos Açores anunciou hoje que vai questionar o Governo Regional sobre um alegado caso de “favorecimento” de uma empresa de limpezas, acrescentando que o executivo se tem negado a responder a requerimentos.
“Não pode pairar sobre a Administração Pública Regional, nomeadamente sobre os seus principais responsáveis, quaisquer dúvidas ou suspeições, muito menos de favorecimentos”, frisou Artur Lima, líder regional do CDS-PP, numa conferência de imprensa em Angra do Heroísmo.
O líder centrista salientou que recebeu “queixas de muitos empresários, que se dizem marginalizados na concorrência e discriminados na prestação de bens ou serviços”, por alegadamente existir uma preferência por “empresas amigas do socialismo”.
“O atual momento económico e social aconselha a diversificar as adjudicações de bens ou serviços a diferentes empresas, pois é importante a manutenção de liquidez no tecido empresarial”, defendeu.
Artur Lima disse ter recebido denúncias que apontam para o ajuste direto de “milhares de euros”, em dois anos, à empresa Bee-Clean Açores, pelo que vai entregar um requerimento no Parlamento açoriano a solicitar ao Governo Regional a divulgação das “cópias de todos os ajustes diretos feitos a esta empresa”.
“Fazemos questão de conhecer em pormenor os valores, os serviços contratados, as consultas de mercado e os preços dos demais concorrentes à prestação de bens ou serviços, se é que houve consulta de mercado ou concurso público”, frisou.
O líder regional centrista acusou também o vice-presidente do Governo Regional, Sérgio Ávila, responsável pelos assuntos parlamentares, de “desrespeitar” os partidos e a própria Assembleia açoriana.
“Se na Madeira temos a ‘jardinização’ da democracia, nos Açores temos a ‘avilização’ da democracia”, frisou, alegando que já questionou o executivo por duas vezes sobre apoios concedidos, contratos celebrados e ajustes diretos na Administração Pública, sem receber resposta, apesar de “esgotados todos os prazos legais e desrespeitadas todas as normas de relacionamento institucional”.
Artur Lima salientou também que continua à espera de resposta a três requerimentos entregues já nesta legislatura, um em dezembro sobre a nova Biblioteca Pública e Arquivo de Angra do Heroísmo, outro em janeiro sobre o pagamento de leite aos produtores agrícolas de S. Jorge e o terceiro em março, sobre redução do número de gestores públicos regionais e respetivas remunerações.

 

Lusa

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