Líder do PSD/A desperdiçou “capital de esperança” na noite eleitoral, afirma Hélder Silva

helder-silvaO líder parlamentar do PS/Açores afirmou, hoje, que a Presidente do PSD/Açores desperdiçou o capital de esperança que representava para o partido, ao escolher para si uma dimensão meramente local, após a derrota social-democrata nas eleições autárquicas.

“Na noite das eleições, a líder do PSD/Açores fez o favor de manifestar, com a devida distância, a sua solidariedade a quem perdeu e esqueceu mesmo os que ganharam, tamanha era a ânsia de realçar a sua prestação concelhia”, disse Hélder Silva, numa declaração política no Parlamento.

 

Segundo o Presidente da bancada socialista, a um líder político não se compreende que se limite a manifestar a sua solidariedade para com os derrotados, uma vez que “tem de ser o primeiro a assumir todas as derrotas como suas”.

Se fizer isso, “pode perder câmaras, votos e mandatos, mas ganha o respeito, a credibilidade e a estima dos seus e dos outros. No fim das contas, este é o maior capital político a que se pode aspirar quando se está numa função de liderança”, destacou Hélder Silva, perante os deputados açorianos.

Para o líder parlamentar socialista, todos os políticos estão sujeitos a perder eleições, um facto que é absolutamente natural e não lhes retira nenhuma dignidade, desde que digna seja, também, a sua postura.

“A dignidade perde-se, sim, quando não se reconhece o esforço de centenas de candidatos que não alcançaram os seus objectivos, mas que se bateram com convicções por um projecto que julgavam ser regional”, salientou Hélder Silva, para quem, na noite de 11 de Outubro, aperceberam-se que estavam sozinhos nesta luta”.

Para o deputado do PS/Açores, à semelhança de Manuela Ferreira Leite, um mito rapidamente desfeito, a líder do PSD/Açores conseguiu desperdiçar o capital de esperança que disponha até há poucos meses atrás.

“Não só pelos resultados – esbanjou o maior património político do PSD que ainda lhe restava, o de vencer todas as Eleições Autárquicas -, mas também pela dimensão local que escolheu para si própria”, referiu.

 

 

Numa declaração política sobre o ciclo eleitoral que terminou, Hélder Silva salientou que, no espaço de um ano, o PS/Açores voltou a vencer as Eleições Regionais folgadamente, perdeu as Europeias, regressou às vitórias nas Legislativas Nacionais e, pela primeira vez em 35 anos de Democracia, tornou-se o maior partido no Poder Local nos Açores.

Segundo disse, no mesmo período de tempo, o PSD/Açores sofreu uma das suas maiores derrotas de sempre nas Regionais, venceu as Eleições para o Parlamento Europeu, e obteve desaires eleitorais crescentes nas Legislativas Nacionais e Autárquicas.

Perante isso, “só com muita boa vontade e grande sentido de humor se pode aceitar o argumento do “fim de ciclo socialista”, aliás totalmente esquecido na noite de 11 de Outubro, quando se aperceberam da vitória do PS/Açores em 12 das 19 autarquias dos Açores”.

 

Para o Presidente do Grupo Parlamentar socialista, esta foi a resposta dos açorianos ao anunciado “fim de ciclo socialista”, tantas vezes repetido por alguns, mas constantemente desmentido pelos eleitores nas urnas.

“O PS/Açores terá, um dia, o fim deste seu ciclo político, é certo. Mas não será por decreto de um qualquer líder partidário, antes pela vontade legítima dos nossos eleitores”, concluiu Hélder Silva. 

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