Líder do PSD/Açores critica solução do Governo Regional para as dívidas da saúde

O líder do PSD/Açores, Duarte Freitas, considerou hoje que a medida apresentada pelo presidente do Governo, no congresso do PS, para resolver a situação financeira da saúde na região é “paliativa”.
 

“O presidente do Governo anunciou um reforço de cerca de 30 milhões de euros para acudir a um problema que representa um acréscimo de dívida anual, segundo o Tribunal de Contas, de mais de 80 milhões de euros”, frisou Duarte Freitas, na abertura das jornadas parlamentares do PSD/Açores, dedicadas a políticas de saúde, que decorrem em Angra do Heroísmo, até quinta-feira.

Os sociais-democratas defendem que o executivo açoriano crie um acordo com o Governo da República para reestruturar o setor da saúde, mas a medida foi criticada pelo presidente do Governo Regional e presidente do PS, Vasco Cordeiro, no congresso do partido, no passado fim de semana.

“O presidente do Governo diz hoje que chegar a um acordo com o Governo da República, para resolver o problema financeiro na saúde é um atentado à autonomia. Não é verdade. Atentado à autonomia é deixar as responsabilidades do Serviço Regional de Saúde atingirem cerca de 1000 milhões de euros”, salientou.

Duarte Freitas acusou o executivo açoriano de estar em “negação” sobre as contas da saúde, afirmando que existem “doentes que têm de adquirir materiais e medicamentos para poderem ser tratados”.

“Um governo que teve de ir pedir ajuda à República e propor um memorando que hipoteca a autonomia em troca de 135 milhões de euros, como vai enfrentar as responsabilidades superiores a 1000 milhões, que afundam o setor da saúde nos Açores”, acusou.

O líder regional social-democrata disse ainda que a proposta do Governo Regional para que o diferencial fiscal entre a região e o continente seja atribuído como prémio pela boa governação “tem apenas dois objetivos: fingir que se encontrou uma solução e encontrar uma forma de ajudar os socialistas da República, que assinaram o acordo da Troika, a verem-se livres dos compromissos que assumiram”.

“O diferencial fiscal é um direito das açorianas e dos açorianos, das famílias e das empresas. Esse é um direito de sempre e não apenas quando o Governo cumpre este ou aquele critério”, frisou, acrescentando que o interesse regional foi “prejudicado”, quando o PS colocou este assunto no acordo da ‘troika’.

 

Lusa

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