Livros norte-americanos para repatriados açorianos entregues à associação Abrigo Amigo, na Terceira

A directora regional das Comunidades, Graça Castanho, entregou hoje várias dezenas de livros em língua inglesa cedidos pelo Xerife de Bristol, Thomas Hodgson, à Associação Abrigo Amigo, destinados a emigrantes açorianos repatriados para a ilha Terceira.

“Thomas Hodgson recolheu os livros na comunidade de Bristol, na costa leste dos EUA, onde uma invisual adquiriu uma biblioteca com milhares de livros para oferecer grande parte deles para os Açores”, revelou Graça Castanho, acrescentando que os livros, que se destinaram às associações Abrigo Amigo, de Angra do Heroísmo, e Arrisca e Novo Dia, em Ponta Delgada, pretendem manter “a aproximação dos repatriados à língua das comunidades que um dia os acolheram”.

Graça Castanho salientou que “alguns repatriados têm sido autorizados a voltar pontualmente e por períodos curtos aos EUA para acompanharem familiares que tenham problemas de saúde e não tenham família”.

“Há mesmo o caso de um pai cuja filha estava para ser institucionalizada mas, com a sua presença e a demonstração de que tinha possibilidades de a manter e educar, a situação ficou resolvida sem institucionalização”, afirmou.

A diretora regional das Comunidades revelou aos repatriados presentes na entrega dos livros que os EUA aprovaram recentemente legislação que “proíbe as polícias e os tribunais de repatriarem pessoas que estejam ilegais e não tenham problemas com a Justiça”.

Questionada pela agência Lusa sobre se a lei também abrange atuais deportados nos Açores naquelas condições, Graça Castanho frisou que “a lei é muito recente e ainda não se sabem todos os pormenores”.

Por seu lado, João Valentim, presidente da Associação Abrigo Amigo, afirmou que “tudo é feito para garantir uma boa integração dos repatriados”, aproveitando a oportunidade para “apelar à oferta de um ou dois computadores com ligação à Internet, de forma a melhorar e aprofundar a ligação dos repatriados às suas famílias”.

Os dados oficiais indicam que, desde o início dos repatriamentos, em meados da décade de 90, já regressaram aos Açores cerca de 1.100 antigos emigrantes, dos quais, segundo Graça Castanho, “apenas uma centena ainda não tem emprego ou ocupação permanente”.

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