Loftleiðir-Icelandic ehf, do Grupo Icelandair, pré-qualificada para a privatização da SATA

A SATA anunciou hoje que a Loftleiðir-Icelandic ehf., empresa do Grupo Icelandair, ficou pré-qualificada na primeira fase do processo de negociação particular relativo à alienação de 49% do capital social da Azores Airlines.

“Na sequência da análise da Manifestação de Interesse apresentada pela Loftleiðir-Icelandic ehf., concluiu-se que o potencial comprador em causa demonstrou cumprir integralmente ambos os requisitos de pré-qualificação”, informou a SATA, em comunicado enviado à agência Lusa.

De acordo com a SATA, a primeira fase do procedimento de negociação particular relativo à alienação de 49% do capital social da Azores Airlines, que faz voos de e para fora do arquipélago açoriano, está “concluída tendo ficado pré-qualificado o único potencial comprador que apresentou manifestação de interesse, a Loftleiðir-Icelandic ehf., empresa do Grupo Icelandair”.

Segundo o previsto no Caderno de Encargos do Procedimento de Negociação Particular, após o procedimento de manifestação de interesse, segue-se a segunda fase das propostas vinculativas em que os potenciais compradores pré-qualificados serão convidados a apresentar propostas vinculativas, procedendo-se à seleção para a terceira fase.

Na terceira fase — negociação particular –, os potenciais compradores convidados participarão nas sessões de negociação particular, nas quais se negociarão todos os atributos das propostas vinculativas, sendo os mesmos convidados a apresentar versões finais das propostas vinculativas, a que se segue a fase IV — decisão final.

O futuro acionista da companhia aérea terá que “respeitar obrigatoriamente” a manutenção do plano de renovação da frota iniciado com o A321 NEO.

De acordo com o caderno de encargos da alienação de 49% do capital da transportadora do grupo SATA, a que a agência Lusa teve recentemente acesso, o candidato terá ainda de promover o “cumprimento da operação aérea regular mínima”.

Terá ainda de assegurar as ligações de obrigação de serviço público entre Lisboa e Horta, Lisboa e Pico, Lisboa e Santa Maria, Ponta Delgada e Funchal, bem como a ligação de Ponta Delgada com Frankfurt, a par das rotas a partir da Terceira e Ponta Delgada com Boston e Oakland, nos Estados Unidos, e Toronto, no Canadá.

Instituindo a obrigatoriedade de a base da Azores Airlines se manter nos Açores, o caderno de encargos estabelece que o procedimento — que será conduzido de “forma aberta, transparente, concorrencial e não discriminatória” — assegura que as ações representativas de 49% do capital social da Azores Airlines serão contratadas com o potencial comprador.

O potencial comprador deve manter a identidade empresarial, a autonomia da operadora, a sua denominação social e a marca Azores Airlines, entre outros elementos de identificação, a par de um contributo para a empregabilidade local

O documento estipula que o valor oferecido pelo potencial futuro acionista não pode ser inferior a 3,6 milhões de euros, devendo-se apresentar um plano de capitalização proposto para a operadora, a par da vinculação a um suprimento mínimo de 10 milhões de euros.

O concorrente deve apresentar um projeto estratégico para a operadora aérea, bem como uma descrição de como a aquisição dos 49% do capital “beneficia a Azores Airlines e o grupo SATA” e “promove o reforço da sua posição concorrencial enquanto operador de transporte aéreo à escala global” nos atuais e futuros mercados e apontar como pode a sua proposta contribuir para o desenvolvimento e reforço do ‘hub’ (centro de operações) dos Açores com o restante território nacional, europeu e norte-americano, bem como para a economia açoriana.

O capital social do grupo SATA é detido por um único acionista, a Região Autónoma dos Açores.

A Azores Airlines fechou o terceiro trimestre de 2017 com um prejuízo de 20,6 milhões de euros, estando ainda por fechar as contas finais do ano.

 

Lusa

Pub

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here