Maioria chumba envio de perguntas para Cavaco Silva

sao-bentoO PSD e o CDS, partidos que apoiam o Governo, chumbaram hoje no parlamento os requerimentos da oposição, PS, PCP e BE, que pediam o envio de perguntas para o Presidente da República, Cavaco Silva, sobre o caso BES.

Este desfecho já era esperado, face ao posicionamento público tomado pelos vários partidos nos últimos dias, tendo sido feita a votação no arranque dos trabalhos da comissão de inquérito parlamentar à gestão do BES/GES.

Já o envio de questões para o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, gerou consenso entre os diferentes grupos parlamentares e recebeu ‘luz verde’.

Nos requerimentos apresentados, os partidos da oposição reclamavam que Cavaco Silva prestasse esclarecimentos por escrito sobre reuniões tidas com o ex-líder histórico do BES Ricardo Salgado em 2014.

O antigo presidente executivo do BES Ricardo Salgado reuniu-se duas vezes em 2014 com o Presidente da República tendo alertado Cavaco Silva sobre os “riscos sistémicos” envolvendo o GES e o BES, disse o ex-banqueiro em carta endereçada à comissão parlamentar de inquérito.

Na missiva, conhecida na quinta-feira, Ricardo Salgado diz que se reuniu com Cavaco Silva numa primeira fase a 31 de março, ao passo que a 07 de abril encontrou-se com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

No dia seguinte o ex-banqueiro esteve com a ministra das Finanças, e a 22 de abril deu-se uma reunião com o agora ex-presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.

No segundo leque de reuniões, em maio, Ricardo Salgado esteve reunido com o ex-secretário de Estado e atual comissário europeu Carlos Moedas no dia 02, com o Presidente da República a 06, com a ministra das Finanças e o primeiro-ministro a 14, e com o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, no dia 20.

Também em maio deu-se outra reunião com Durão Barroso que Ricardo Salgado não consegue precisar a data.

As diligências, diz o ex-banqueiro na carta enviada ao parlamento, “visavam, entre outros objetivos, informar as entidades competentes sobre as preocupações do GES e, reitere-se, do próprio BES”.

 

Lusa

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