Marca própria vai proteger produto “genuíno e único”

furnas-sao-miguelO tradicional Cozido das Furnas, feito nas caldeiras vulcânicas existentes junto a uma das mais conhecidas lagoas da ilha de S. Miguel, Açores, vai ter uma marca própria, para defender um produto “genuíno e único”.

 

“Vamos criar uma marca e um logótipo, com um quadro normativo de procedimentos que garanta a qualidade”, revelou António Cavaco, presidente da empresa municipal Espaço Povoação, entidade organizadora da VI Mostra do Cozido das Furnas, que decorre entre sexta-feira e domingo.

O lançamento do processo que culminará com a criação da marca ‘Cozido das Furnas’ será feito durante este evento, que, no ano passado, recebeu mais de 4.500 visitantes e serviu cerca de 3.800 cozidos em três dias.

 

O processo envolverá a Câmara da Povoação, a Confraria dos Gastrónomos dos Açores e os restaurantes das Furnas, estimando António Cavaco que, no final deste ano, “estejam definidas as linhas mestras” que permitam avançar para a criação da nova marca.

A opção pela criação de uma marca que qualifique um dos pratos mais conhecidos dos Açores surgiu depois da Câmara da Povoação ter sido confrontada com a impossibilidade de certificar este produto.

 

“O problema é que o organismo nacional de certificação não possui um quadro normativo que lhe permita certificar uma coisa que depende de muitos factores, de uma diversidade de individualidades”, salientou António Cavaco, em declarações à Lusa.

As dificuldades criadas ao processo de certificação residem em vários factores, desde a diversidade dos equipamentos de restauração utilizados até à aquisição de produtos para a confecção do cozido em diferentes fornecedores, passando pela forma diferenciada como cada restaurante confecciona este prato.

 

“Isto torna impossível a certificação. O que é possível é criar uma marca de origem, onde é possível enquadrar toda esta diversidade dentro do quadro normativo”, frisou.

O processo, inicialmente voltado para a certificação, começou há quase três anos, mas António Cavaco acredita que “agora chegou a uma fase definitiva, porque o organismo de certificação já disse o que é possível fazer”.

Afastada a certificação, vai avançar a criação de uma marca e um logótipo que proteja o Cozido das Furnas, um produto “genuíno e único” que leva milhares de turistas todos os anos a esta pequena localidade açoriana.

 

 

 

Lusa

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