Marco Garcia despede-se do motocross com treze títulos na carreira

marco-garcia-ps-motocrossO piloto de 33 anos já anunciou que não voltará a disputar o campeonato dos Açores mas marcará presença em algumas provas. Primeiro título, conquistado em 1997, foi o mais saboroso de todos.

Marco Garcia tinha apenas vinte anos quando, em 1997, conquistou pela primeira vez o título de campeão dos Açores de motocross, longe de imaginar que aquele seria o início de uma caminhada de sucesso ímpar na modalidade. Entre o primeiro título e o último, conquistado no final do passado mês de Setembro, mediaram catorze anos. O faialense acumulou treze ceptros, onze deles consecutivos. Só não foi campeão em 1999, ano em que Nelson Ventura subiu ao primeiro lugar. «Tinha partido o pé e não pude disputar o campeonato por inteiro», recordou.
Caso contrário até poderia ter feito o pleno numa carreira sem igual no motocross açoriano. Detentor de um palmarés rico, Marco Garcia explica que o sucesso alcança-se, acima de tudo, através do «espírito de sacrifício e dedicação» pois trata-se de um desporto que «exige muito em termos físicos», desempenho que sai valorizado quando se trata de um atleta que emergiu numa ilha que «não tinha tradição no motocross», realçou.
marco-garciaQuando começou a dar as primeiras acelerações, o piloto natural da freguesia do Salão, ilha do Faial (Açores), estava longe de imaginar que o futuro lhe reservava tanto sucesso. «Nunca pensei atingir um patamar tão elevado», confessou, embora no sangue lhe corresse muita ambição. «Sou uma pessoa ambiciosa, perfeccionista e sempre procurei dar o meu melhor. Mas nunca pensei chegar a este ponto, ainda para mais com os limites que a própria ilha me colocava», disse.
Foi a paixão pelo motocross que lhe norteou o caminho das conquistas e ao cabo de treze títulos Marco Garcia ainda saboreia o primeiro como o que mais prazer lhe deu. «O primeiro teve mais sabor que os restantes», assumiu, mas conheceu outros pontos altos que não esquece, como as vitórias no nacional de enduro.
Chegar aos lugares cimeiros é difícil mas mais complicado é manter-se durante mais de uma década como o melhor. O piloto de 33 anos realça alguns aspectos que considera decisivos para se manter no topo. «O principal é gostar da modalidade e depois manter uma vida cuidada, com treinos bi-diários. Hoje sinto-me realizado porque fiz o que gosto e tive apoios para o fazer».
O título conquistado em Setembro passado, o 13.º de uma rica carreira, terá sido o último pois Marco Garcia não deverão voltar a disputar o campeonato por inteiro. E que sentimento ficou na despedida? «Sinceramente? Foi normal! Ainda não me convenci que vou abandonar até porque agora têm surgido propostas que esperava por elas há dois ou três anos. Já anunciei que vou abandonar o motocross mas no sentido de não me comprometer com objectivos definidos pois é quase certo que vou continuar a fazer algumas provas de quando em vez», adiantou.
Figura ímpar na modalidade, há quem diga que existiu um motocross antes de Marco Garcia e que vai haver outro depois do faialense se retirar. O piloto rejeita tal comparação. «Não, não penso assim. Sempre fui a mesma pessoa desde que comecei a correr até à última prova realizada. O que posso dizer é que saio satisfeito e agradeço a todas as pessoas que me apoiaram ao longo de todos estes anos».
RTP/A
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