Mensagem de Natal do Presidente do Governo Regional dos Açores

Açorianas e Açorianos,

É com enorme gosto, mas também com elevado sentido de responsabilidade, que me dirijo a vós, em meu nome pessoal e do Governo dos Açores, nesta época festiva de Natal e Ano Novo.

Um ano já passou.

Apesar da azáfama dos dias e da urgência das ações, estamos de novo no Natal. São sempre alturas em que estamos com os nossos, com as nossas famílias. Com quem nos quer bem.

Renovando a esperança, a fé, a solidariedade, que o renascimento do Menino Jesus nos traz.

É também tempo de introspeção. De fazer balanços na nossa vida pessoal e profissional.

Sobre o que nos correu bem e o que nos correu menos bem.

Sobre o que nos fez ser melhores pessoas e o que limitou este objetivo.

Sobre o bem que fizemos ao próximo e o quanto mais poderia ter sido feito.

Nestas reflexões, não posso deixar de manifestar o enorme orgulho no nosso Povo. O Povo dos Açores.

Como dizia Raul Brandão: “já percebi que o que as ilhas têm de mais belo e as completa é a ilha em frente”.

E é isto que nos caracteriza e motiva.

A coesão territorial e social de toda a nossa Região.

Somos nove ilhas, cada uma com a sua identidade, mas que orgulhosamente representam os Açores inteiros.

O Natal deste ano continua diferente.

A pandemia não permite ainda que vivamos a nossa vida com anormalidade com que nos habituamos.

Ficámos diferentes.

A expressão da nossa proximidade através de um toque com o cotovelo ou com uma vénia, começa a ser o novo normal.

Mas isto não pode limitar a nossa afetividade.

O gosto que temos uns pelos outros.

Ao longo do último ano, conseguimos conciliar a proteção da saúde pública com as atividades das nossas empresas, dos nossos empresários, da vida em comunidade.

Foram tempos desafiantes, em que de uma forma ponderada e avaliada, protegemos a saúde pública, ao mesmo tempo que promovemos maior coesão social e territorial interilhas.

Foi um grande orgulho perceber o interesse dos Açorianos pelos Açores inteiros.

Muitos foram conhecer a outra ilha, que ainda não conheciam.

Sentiram-se mais Açorianos.

Mas reconhecemos que ainda há muito a fazer.

Não descansaremos enquanto for possível minimizar o sofrimento dos mais desprotegidos.

Lembramos todos os que necessitam e merecem uma palavra de reconhecimento e de apoio do seu governo.

A todos estes, aos que sofrem, gostaria de deixar, nesta mensagem, no nascimento do menino Jesus, que nos enche a alma de esperança, de solidariedade e de coragem, uma palavra de confiança para cada um.

Confiança de que tudo faremos para que estes dias sejam cada vez menos penosos.

Em cada ilha, em cada um dos nossos concelhos e freguesias.

Em todos e com todos, sem que ninguém fique para trás.

Só assim conseguiremos elevar o desenvolvimento dos Açores a patamares que promovam o bem-estar de todos.

É isto que nos motiva.

Pelos Açores.

Pelos Açorianos.

Com o empenho de todos, e o compromisso e responsabilidade de cada um, temos bem definidos os objetivos para os próximos tempos:

Prosseguir a Solidariedade e Ajuda.

Continuar a recuperar a economia, o rendimento e o emprego nos Açores.

Com o aumento da vacinação e com o cuidado que a nós nos cabe, o pior já passou.

Mas não posso deixar de alertar, nesta altura, em especial para o reforço de cuidados.

Porém, no mundo e na economia novas dificuldades se avizinham.

Os aumentos dos custos da energia, das matérias-primas e bens essenciais, dos combustíveis, entre outros, que não dependem da responsabilidade direta dos Açores ou dos Açorianos, mas sim dos mercados internacionais, serão um teste à nossa economia e aos nossos empresários, bem como um enorme desafio ao governo.

O Governo dos Açores, tudo fará para que se evitem grandes quebras de financiamento na nossa economia, promovendo um clima de confiança nos nossos empresários, garantindo melhores condições de vida às Açorianas e Açorianos.

Acreditamos, sem reservas, na capacidade da sociedade civil, das nossas empresas e tenho a certeza de que juntos conseguiremos ultrapassar as dificuldades e os desafios que se avizinham.

É fundamental criarmos mais riqueza, mais emprego e contribuir para a igualdade de oportunidades.

É nosso imperativo fazer bem, o bem que precisa de ser feito.

Para prosseguirmos este esforço conjunto, de nos defendermos perante esta ameaça, designadamente do vírus SARS-COV2, apelo a que todos possamos continuar a manter a responsabilidade e o empenho de proteção individual, assim protegendo todos.

Reforço, portanto, o apelo para que os ainda não vacinados, se vacinem e que acreditem na ciência.

Acreditem nas evidências de que este vírus é menos agressivo para com os que são vacinados, protegendo assim a sua vida, a vida de todos, o nosso Serviço Regional de Saúde e os seus profissionais, a quem voltamos a pedir mais um esforço motivado pelo aumento de número de casos.

Açorianas e Açorianos,

Nas nossas ilhas e na nossa diáspora,

hoje, na consoada, com os nossos, com quem queremos bem,lamentaremos que o Natal ainda não é o que era.

Mas este ano, está melhor do que o ano passado.

Estou confiante de que o próximo será ainda melhor.

Tenhamos resiliência e paciência.

A todos desejo que o ano de 2022 traga o melhor.

Que em 2022 prossigamos o caminho da recuperação e possamos alcançar uns Açores melhores e uma região ainda mais humanista, mais justa e solidária.

Uma saudação carinhosa a todas as famílias.

Saudação reforçada para quem celebra esta quadra festiva sozinho.

Saudação especial para os que sofrem de doença, se sentem esquecidos ou tristes.

A nossa gratidão a todos aqueles que se dedicam à ajuda aos mais necessitados e mais frágeis.

Aos imigrantes.

Que bom é ter-vos connosco. Na nossa sociedade e contar com o vosso contributo para a nossa diversidade e riqueza cultural.

Aos nossos emigrantes, onde quer que estejam no mundo, um abraço fraterno com muita saudade e orgulho.

A todos, Um Santo e Feliz Natal.

Feliz Ano Novo!

Com saúde e esperança!

Prosperidade e alegria!

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