Milhares de trabalhadores encheram a Avenida da Liberdade

Muitos milhares de trabalhadores de todos os sectores e de todos os distritos encheram hoje a praça dos Restauradores e a avenida da Liberdade, em Lisboa, comparecendo à manifestação da CGTP contra as políticas económicas e sociais do Governo.

A Intersindical convocou a manifestação nacional com o objetivo de que ela se tornasse num “Dia de indignação e de protesto” contra o desemprego e a precariedade, o aumento do custo de vida e as injustiças sociais e em defesa de aumentos salariais e das pensões.

O secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, criticou as políticas do Governo, considerou que as do PSD são iguais e garantiu que existem alternativas para o desenvolvimento do país sem obrigar os trabalhadores a mais sacrifícios.

A coordenadora da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, Ana Avoila, disse que os funcionários públicos “estão fartos” das medidas impostas pelo Governo e vão continuar a lutar por melhores salários e pensões e pelos direitos adquiridos.

O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, e os deputados comunistas Ilda Figueiredo, Francisco Lopes, Rita Rato e João Oliveira integraram o desfile da CGTP.

Na manifestação, estiveram ainda o líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, a deputada dos Verdes Heloisa Apolónia e o líder do MRPP, Garcia Pereira.

A ação de protesto contou com a participação do cantor Vitorino e dos “Homens da Luta”, que também animaram o palco onde foram feitos os discursos finais, nos Restauradores.

Vitorino cantou, sem música, duas quadras do poema que começa “com mãos se faz a paz e faz a guerra, com mãos tudo se faz e se desfaz”, o que causou um momento de emoção, levando os manifestantes a ficarem em silêncio absoluto para ouvir aquilo que o cantor considerou “adequado ao momento” que se vive.

Os “Homens da Luta” cantaram alegremente a canção de José Afonso “O que faz falta é animar a malta”, acompanhados pela multidão e por Vitorino.

A manifestação começou com duas pré-concentrações: uma da função pública nas Amoreiras e outra do setor privado no Saldanha.

Os manifestantes juntaram-se depois no Marquês de Pombal para descer a Avenida da Liberdade até aos Restauradores, onde foram feitas as intervenções sindicais e aprovada uma resolução.

Este é o segundo sábado consecutivo em que Lisboa é palco de uma grande manifestação contra o desemprego e a precariedade. A da última semana foi promovida pela chamada “geração à rasca”, jovens sem emprego ou com vínculo precário.

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