Missão da Base das Lajes tem sido mantida sem interrupções, apesar das dificuldades

O comandante da Base Aérea N.º4, nas Lajes, Açores, afirmou hoje que, apesar das “dificuldades” sentidas no último ano, a missão tem sido mantida sem “interrupções de espécie alguma”, graças ao “espírito de dedicação” dos militares.

“A diminuição dos recursos humanos, materiais e financeiros disponíveis não é algo que nos tenha aparecido subitamente nos últimos meses e que nos tenha apanhado desprevenidos”, salientou o coronel Sérgio Ferreira, numa intervenção na cerimónia comemorativa do 71.º aniversário da Base Aérea N.º4 (BA4).

Sérgio Ferreira frisou que as três aeronaves destacadas na Base das Lajes, dois helicópteros EH-101 e um avião C295, “respondem praticamente às mesmas solicitações que há anos atrás eram desempenhadas por uma esquadra de nove aeronaves”.

A BA4, criada em 1941 nas Lajes, na ilha Terceira, ocupa uma área de 10 quilómetros quadrados e tem como principais missões a busca e salvamento, o reconhecimento meteorológico, o transporte aéreo militar e o transporte de doentes entre as ilhas dos Açores.

Apesar de estar convicto que a BA4 vai continuar a garantir o cumprimento integral da sua missão, o comandante alertou para a “escassez de meios humanos nas áreas do controlo de tráfego aéreo e da segurança da unidade”, frisando que se trata de “setores vitais” para a atividade da Base das Lajes.

Sérgio Ferreira recordou que, no último ano, a BA4 realizou 149 missões de transporte de doentes entre as ilhas, sete transportes de doentes dos Açores para o continente, 13 resgates de doentes em navios e 25 missões de busca e salvamento, totalizando 726 horas de voo, que permitiram o transporte de 191 doentes.

No Dia da Unidade, o comandante da BA4 considerou que esta base aérea continua a ser fundamental para o apoio às populações civis e para quem cruza o Atlântico.

“Apesar das mudanças geoestratégicas ocorridas, a BA4 continua a ser extremamente importante para o tráfego aéreo nesta aérea do Atlântico”, frisou Sérgio Ferreira, acrescentando que a presença do destacamento militar norte-americano na base torna-a “única no panorama nacional” e “fonte de desafios permanentes”.

“Estou certo que a importância estratégica da BA4 para as Forças Armadas Americanas permanecerá, servindo de ponto de apoio no meio do Atlântico às aeronaves que participam em operações militares”, afirmou.

A BA4, que tem como lema ‘Nos outros, cuja fama tanto voa’, conta presentemente com 300 militares e 100 civis.

 

Lusa

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