O escritor colombiano e prémio Nobel da Literatura Gabriel García Marquez morreu nesta quinta-feira na Cidade do México aos 87 anos. Estava na sua casa, com a mulher Mercedes e os seus dois filhos, segundo o jornal El País.
O escritor e jornalista, laureado com o Prémio Internacional Neustadt de Literatura em 1972, e o Nobel de Literatura em 1982 pelo conjunto de sua obra, que entre outros livros inclui “Cem anos de Solidão”, “ Relato de um náufrago”. “Crónica de uma morte anunciada”, “ Memória das minhas putas tristes” e “Amor em tempos de Cólera”. Vendeu milhões de livros e foi traduzido em 36 línguas.
Tratado carinhosamente por “Gabo”, ultrapassou um cancro linfático, diagnosticado em 1999, foi hospitalizado em março ultimo, na sequência de uma infeção pulmonar e problemas urinários, tendo regressado a casa no inicio de abril.
Em 2009 anunciou que se retirava, e o livro publicado no ano seguinte, reuniu apenas material disperso das suas alocuções em público. Em 2012, o seu irmão Jaime García Marquez dava conta de que lhe tinha sido diagnosticada uma demência, que perdera a memória e que o autor de “Cem anos de solidão” não voltaria a escrever.
O corpo do escritor Gabriel García Márquez será cremado “em privado” na tarde de segunda-feira onde terá lugar uma homenagem no palácio das Belas Artes da capital mexicana, revelou María Cristina García Cepeda, diretora do Instituto Nacional de Belas Artes ao ler um comunicado em nome da família do escritor colombiano em frente da sua casa no México.
Entretanto, a irmã mais nova de García Márquez, Aída García Márquez, manifestou esperança de que o corpo de “Gabo” seja sepultado na Colômbia, na sua terra natal, local de inspiração para as suas obras, disse.
Açores24Horas c/ Lusa
