Segundo Mota Amaral, “faltou sentido de Estado” para envolver os outros órgãos de soberania, a oposição e, em especial, o PSD “na busca de soluções para a perigosa derrapagem das contas públicas”.
A abertura de um processo eleitoral agora tem “custos enormes”, entre eles “um hiato em termos de governação do país e da defesa dos interesses portugueses, num período crucial, no âmbito europeu e mundial”, apontou.
“Acresce que a situação financeira se encontra em alerta vermelho. E o Governo agrava-a com a sua recusa teimosa em adoptar as providências de emergência que porventura venham a tornar-se urgentes e inadiáveis. A responsabilidade que recai sobre o Governo no seu conjunto e os seus membros individualmente é enorme e pode exorbitar mesmo o âmbito apenas político”, considerou.
Por outro lado, o antigo presidente do Governo Regional dos Açores alertou para “os riscos para a genuinidade democrática das eleições oriundos de um Governo em gestão, porventura propenso à propaganda infrene e ao condicionamento dos eleitores”.